Se o Grande ABC não conhece, ainda, esta artista talentosa, São Paulo conhece muito bem Cristiane Carbone. De pesquisa em pesquisa, trabalho em trabalho, a menina criada no Jardim Zaíra apaixonou-se pela capital, e a grande cidade por ela.

Se a formação e primeiros passos artísticos da professora Cristiane Carbone datam do final do século XX, sua consagração e reconhecimento maior são deste milênio, em função das principais exposições realizadas a partir de 2001, quando ela se dedica a exposições temáticas e passa a integrar institutos históricos e geográficos importantes e a Academia Cristã de Letras.

“Comecei a querer quebrar paradigmas. Quando comecei a pintar, a moda era o abstrato. Não se falava na obra figurativa, nem na construção da memória. Remei contra a maré, buscando reconstruir imagens”, explica Cristiane.

“Busquei preservar a memória da cidade de São Paulo. Um exemplo: fiz um quadro do prédio do Museu do Ipiranga em 1996. O gelo predominava. Hoje predomina o amarelo, e a informação inicial ficou registrada no meu quadro”, acentua.

O estilo de pintura de Cristiane é classificado pelos marchands como acadêmico-figurativo.

PELO MUNDO
Cristiane Carbone usa o óleo sobre tela: reconstitui paisagens antigas, baseando-se em fotografias como as feitas por Militão Augusto de Azevedo no século XIX; documenta paisagens atuais, comparecendo “in loco” aos cenários pretendidos. São Paulo tem sido o eixo principal.

O talento de Cristiane é reconhecido em exposições montadas em espaços como a Sala São Paulo, Forte de Copacabana (Rio de Janeiro), Tribunal de Justiça de Santos, Escola Paulista de Magistratura, Espaço Cultural José Gomes Sobrinho (Palmas, Tocantins), Câmara dos Deputados e Senado Federal, Mosteiro de São Bento, entre tantos outros.

A menina de Mauá possui obras no exterior: Alemanha, China, Itália, Paraguai, Argentina, França, Portugal e México. E um dos reconhecimentos maiores que teve aconteceu no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, onde é membro titular e diretora. Após visitar uma de suas exposições, Paulo Bomfim, o Príncipe dos Poetas Brasileiros, virou-se para a então presidente do IHG-SP, Dra. Nelly Candeias, e comentou:
“Nelly, a Cristiane Carbone é o José Wasth Rodrigues do Instituto”, numa referência ao pintor, desenhista, ilustrador, ceramista, professor e historiador brasileiro (1891-1957).

BOLA PRA FRENTE
Nesta caminhada, de uma carreira de 26 anos, Cristiane Carbone contou com o apoio de gente que logo percebeu a sua capacidade artística: os mestres da Escola Oficina de Artes, em Santo André, onde deu os primeiros passos, começando a pintar em 1991; o primeiro vernissage, em 1995, acompanhado dos colegas professores – ela leciona até hoje na Escola Estadual Mahatma Ghandi, do Jardim Oratório, em Mauá.

Cristiane destaca dois nomes de Mauá que sempre a incentivaram: Cecília Camargo (que fotografa suas telas), e Silvia Ahlers, que a levou para a Avenida Paulista, apresentando-a à socióloga Neusa Amaral, outra grande amiga. Contas feitas, são 184 mostras individuais ou em salões de arte coletiva.

Memória Paulistana

Exposição comemorativa aos 468 anos de São Paulo
Local: Catedral da Sé
A exposição conta com 30 obras de Cristiane Carbone que destacam imagens da cidade, passado e presente, inclusive a primeira construção da Catedral da Sé iniciada em 1745 e demolida em 1912 para a construção da atual Catedral.
Visitação: até 6 de março
Entrada gratuita

E O GRANDE ABC?
Cristiane procura ilustrar em cores e magia edifícios históricos da cidade de São Paulo. Uma memorialista que busca o caráter educativo e elucidativo em relação à história paulistana.

Em termos regionais, é autora da mostra “Retrato Mauá – Arte e História”, mas está aberta a outros trabalhos, em outras cidades.

Nascimento: Santo André, 8-2-1973
Pais: Nair e Luiz
Filhos: Gustavo e Barbara
Primeira infância: Vila Curuçá, em Santo André
De 1977 a 1993: Jardim Zaíra, em Mauá
Ensino fundamental: Escola Estadual Professora Therezinha Sartori - Mauá
Ensino secundário: Sesi Mauá
Faculdade: Centro Universitário Claretiano, do bairro Santa Cecília, na Capital

Hoje: reside na Vila Olinda, em Mauá

RECONSTRUÇÃO PAULISTANA. A Sé em 2004 e em 1880, duas das telas expostas por Cristiane Carbone (no destaque ao lado do jornalista Geraldo Nunes): visitação até março na Catedral da Sé.
Crédito das fotos 1, 2 e 3 - Divulgação

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Terça-feira, 25 de janeiro de 1972 – Ano 14, edição 1749

MANCHETE – O ministro João Paulo dos Reis Velloso, do Planejamento, busca no Japão maiores investimentos.

SANTO ANDRÉ – Mais uma favela está nascendo, no bairro Catta Preta.

FUTEBOL – São André empata com o Nacional: 2 a 2 no Estádio Municipal, futuro Bruno Daniel.

EM 25 DE JANEIRO DE...

1902 – Do correspondente do Estadão na Estação Rio Grande (da Serra) – Na vizinha localidade de Ribeirão Pires tem grassado as epidemias de sarampo e coqueluche nas crianças menores de 12 nos, atendo já causado diversas vítimas.

1927 – Idealizada a Vila São José, em São Bernardo, conforme planta original desta data, da firma Moreira, Maia e Bueno Ltda.
NOTA – São 95 anos de história de um dos mais antigos loteamentos urbanos de São Bernardo, cuja documentação foi guardada com carinho pela professora Therezinha Cintra e cedida a esta página Memória.

1952 – Fundado, em Mauá, o Vila J. J. Figueiredo FC.

1957 – Inaugurado o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
O Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, vence a prova clássica “Fundação da Cidade de São Paulo”, disputada na Raia Jurubatuba, Represa Billings, em São Bernardo. Em segundo ficou o União de Porto Alegre.

1967 - Prefeitura de Santo André entrega os primeiros avisos de impostos impressos em computador.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Em São Paulo, hoje é o aniversário de Buri, Estrela d’Oeste, São Paulo e Vera Cruz.

Pelo Brasil: no Ceará, Apuiarés, Banabuié, Iguatu e Paramoti; no Paraná, Balsa Nova e Guaporema; em Minas Gerais, Paraisópolis.

HOJE

Dia dos Correios e Telégrafos

Dia do Carteiro

SANTOS DO DIA
Conversão de Paulo de Tarso
Juventino e Maximino ou Máximo
Mauro e Plácido

Falecimentos 

Santo André

Romilda Agosta Pereira, 100. Natural de Amparo (São Paulo). Residia no bairro Bangu, em Santo André. Dia 21. Cemitério Sagrado Coração de Jesus, Camilópolis.

Raimundo Ferreira Batista, 98. Natural do Riachão dos Dantas (Sergipe). Residia no Parque Oratório, em Santo André. Dia 20. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Luzineti Armelini Facioli, 85. Natural de Santo André. Residia no Jardim Ipanema, em Santo André. Dia 21. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

São Bernardo

Dezolina Rossi Gama, 91. Natural de Taquaritinga (São Paulo). Residia no bairro Baeta Neves, em São Bernardo. Dia 21, em Santo André. Cemitério da Paulicéia.

São Caetano

José Adamussi Neto, 97. Natural de Taquaritinga (São Paulo). Residia no bairro Olímpico, em São Caetano. Dia 18. Memorial Phoenix.

Lydia São João Voltan, 93. Natural de São Paulo, Capital. Residia no Jardim Ipanema, em Santo André. Dia 22, em Santo André. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema

Joaquim Alves de Andrade, 89. Natural do Estado da Paraíba. Residia no bairro Piraporinha, em Diadema. Dia 19. Vale da Paz.

Mauá

Maria Aparecida dos Santos Peres, 81. Natural de Londrina (Paraná). Residia no bairro Campestre, em Santo André. Dia 20, em Santo André. Vale dos Pinheirais.

Ribeirão Pires

Marco Antonio Pedroso, 73. Natural de São Paulo, Capital. Residia no bairro Pouso Alegre, em Ribeirão Pires. Dia 17. Cemitério São José.