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Com internações em alta, Consórcio pede liberação de leitos ao Estado

Solicitação havia sido feita na semana passada e foi endossada ontem pelos sete prefeitos

Anderson Fattori
19/01/2022 | 08:07
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Celso Luiz/DGABC


Os prefeitos do Grande ABC voltaram a pressionar o governo do Estado para a liberação de leitos municipais que estão ocupados por pacientes que aguardam o encaminhamento para hospitais de referência da rede estadual. Ontem, em assembleia virtual no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, os chefes dos Executivos decidiram enviar novo ofício ao Palácio dos Bandeirantes reforçando o que havia sido solicitado no dia 11. Até a semana passada. 18 pessoas estavam acamadas na região aguardando transferência por meio do sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde).

A solicitação ganha importância diante da rápida ocupação dos leitos municipais com pacientes infectados pelo novo coronavírus. De acordo com dados da SP Covid Info Tracker, plataforma gerida por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP (Universidade de São Paulo) e do Cemeai (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria) que leva em consideração dados da pandemia disponibilizados pelo governo do Estado por meio da Fundação Seade, há um mês eram 152 pessoas acamadas na região, sendo 76 em enfermaria e 76 em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). Ontem, o número saltou para 558, alta de 267%, com 332 em enfermarias e 226 em vagas de urgência.

Como algumas cidades como Santo André, São Caetano e Ribeirão Pires desmobilizaram leitos provisórios montados em hospitais de campanha que não vinham sendo utilizados, o que começa a preocupar são as taxas de ocupação. No último dia de dezembro, por exemplo, a rede pública do Grande ABC tinha ocupação de 34,9% das vagas de UTI e 23,2% na enfermaria, ontem, a ocupação das UTIs subiu para 48% e na enfermaria, para 55,2%.

“As sete cidades seguem unidas para controlar e acompanhar a evolução da pandemia no Grande ABC, para tomar medidas de forma colegiada, como forma de conter o avanço da nova variante da Covid-19, a ômicron, e suas possíveis consequências. Por isso, vamos reiterar pedido ao Estado para reforçar o suporte aos municípios no credenciamento de leitos, para não afetar a capacidade hospitalar instalada e sobrecarregar o sistema público de saúde”, comentou o presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), logo após a reunião de ontem.

Na assembleia foram tratados outros assuntos relativos à pandemia e à crise instaurada com a alta nos casos de síndrome gripal. Por enquanto, foi descartada pelos prefeitos qualquer restrição aos horários de funcionamento e ocupação dos estabelecimentos comerciais. As aulas presenciais na rede pública foram mantidas para começar no dia 9 de fevereiro.  




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