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Likud se opõe a trabalhistas e põe em risco plano para Gaza
Por Da AFP
18/08/2004 | 20:50
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O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, foi desautorizado nesta quarta-feira pela convenção de seu partido de direita, o Likud, a negociar a entrada dos trabalhistas no governo, comprometendo o plano do premiê de retirada de Gaza, de acordo com os resultados definitivos.

Após a contagem de todas as cédulas, 843 delegados votaram a favor e 612 se manifestaram contra a resolução da linha dura do Likud. A convenção também rejeitou por uma apertada diferença de 19 votos a proposta de Sharon de travar negociações com o Partido Trabalhista para ampliar a coalizão.

Dos 3 mil delegados da convenção, pouco mais da metade estava presente durante a votação.

Um comunicado da presidência do Conselho, divulgado enquanto os resultados eram anunciados, garantiu que Ariel Sharon continuará trabalhando para reforçar sua equipe.

Uma alta autoridade israelense declarou que o premiê pode convocar eleições antecipadas nos próximos seis meses, embora estejam previstas, inicialmente, para acontecer apenas em 2006.

Em seu discurso, minutos antes, Sharon comentou que negociaria com os trabalhistas para ampliar sua coalizão. "Vamos negociar com todos os partidos sionistas e os ultraortodoxos", declarou. "Não vamos boicotar nenhum deles", ressaltou Sharon, que esperava, com isso, criar condições favoráveis para a aplicação de seu plano de retirada da Faixa de Gaza.

"Há momentos na vida da nação em que precisamos tomar decisões difíceis", destacou, referindo-se a seu plano de retirada militar da Faixa de Gaza até setembro de 2005, assim como ao desmantelamento das 21 colônias dessa região e de outras quatro isoladas no norte da Cisjordânia.

Sharon também denunciou uma "oposição extremista e irresponsável dentro do Likud" e pediu "união".

O primeiro-ministro israelense apresentou ainda um texto a seus aliados pedindo autorização para negociar com os trabalhistas, mas os "rebeldes" do Likud, liderados pelo ministro sem pasta Uzi Landau, pediram à convenção que votasse uma moção descartando sua entrada no governo.




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