Acredito que poucos vão questionar que o cinema é experiência mágica. De 1896 para cá, quando as famosas fitas dos irmãos Lumière foram exibidas pela primeira vez, gerações experimentaram diversas emoções nessa caixa, que nos leva a sonhos, outras dimensões e à memórias de passado não vivido. E, há umas semanas, eu me senti confortável para levar meu filho, Joaquim, 4 anos, para ver seu primeiro filme no cinema. ‘Pai, o que é cinema?’. Eu preferi pedir para ele esperar, segurar o saco de pipoca quase do seu tamanho e fechar os olhos. Foi incrível ver a reação dele. Ele só olhava para a tela. E, eu, para ele. Ficava vendo as cores refletindo no rostinho e pensando: ‘Que barato poder viver isso’.
Após este momento que estamos passando, de várias renúncias e novas experiências, foi muito bacana compartilhar com o Kim algo que vivi tantas vezes e que sempre me trouxe boas lembranças. Acho também que foi forma de recompensá-lo um pouco depois de tantos ‘nãos’ que o isolamento físico nos impôs. Agora, ouso fazer uma generalização: todos os pais querem devolver aos seus filhos esses meses roubados. Claro que ainda vivemos este período complicado, com as incertezas de nova variante, mas queremos expor nossos pequenos à experiências que entendemos serem boas para eles. Estamos ansiosos para devolver o convívio social, a casa cheia no Natal e talvez a maioria de nós já se sinta confortável para isso, mas ainda acredito que vamos usar de compensações para nos desculpar por tudo que eles precisaram passar. Para se ter ideia, em 2020 apenas 121 shoppings, entre os mais de 200 inseridos no levantamento realizado pela Spot Metrics, fizeram promoções específicas para o Natal, uma das datas mais importantes do comércio. Se olharmos para 2019, foram 171 promoções.
Agora o setor demonstra otimismo com mais de 200 shoppings fazendo promoções de Natal, cerca de metade deve durar até o fim do ano e o restante se estenderá até janeiro de 2022. Esse aumento de período visa incentivar o consumo e a participação das pessoas. Na espera de estimular maior engajamento, alguns shoppings estão supervalorizando os prêmios, com sorteios de apartamentos e veículos importados híbridos. Tamanha expectativa por parte dos varejistas leva a crer que neste ano teremos alguns exageros por parte dos pais angustiados. Mas, sem dúvida, teremos uma tonelada de risadas acontecendo dentro das casas, cercados daqueles que amamos. Entre papéis de presentes rasgados, rabanada antes da ceia e crianças correndo, espero poder rever aquela reação do Joaquim que experimentei dentro do cinema.
Raphael Carvalho é CEO da Spot Metrics, startup de tecnologia, inteligência de dados, CRM e produtos digitais para o varejo físico.
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Palavra do leitor
O padre e as pedras
Ainda sobre a retirada das pedras em frente à paróquia Sant’Anna, de Ribeirão Pires (Setecidades, dia 10), o padre Leandro Alves talvez desconheça que o número de pessoas que vivem nas ruas no Grande ABC aumentou 46,1%, segundo levantamento deste Diário (dia 6 de setembro). Em números absolutos a população de rua saltou de 702 no ano passado para 1.026 neste ano. Portanto, senhor padre, isso é grave problema social que o Brasil enfrente e a Igreja Católica não tem o direito de ‘espantar’ essa gente sofrida, mas sim procurar meio de ajudar. Quanto aos veículos nas calçadas, um funcionário da igreja poderia ficar encarregado de ligar para o serviço de trânsito ou Polícia Militar.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema
Aposentados
Há anos ouço falar dos maus-tratos aos aposentados, seja em filas de bancos, nas agências do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ou em outros lugares. E não se ouve falar de soluções a esses problemas para, pelo menos, amenizar o sofrimento dessas pessoas, que já contribuíram até demais para o engrandecimento do Brasil. Por que os bancos, sempre com recordes de arrecadação, com infinitas tarifas, escorchantes, nunca se preocupam e facilitar a vida dos aposentados? Por que nas agências do INSS há sempre má vontade de resolver? Será que acham que estão fazendo favor? Deveriam ter, sim, a certeza de que não fazem mais do que obrigação. Já não basta a miséria que recebem mensalmente, que mal dá para sobreviver? Com certeza também que esses fatores – altamente negativos – fizeram, fazem e farão com que o número de aposentados diminua no Brasil (Economia, dia 9).
Bernardo Luís Neto
Ribeirão Pires
Excelente – 1
Excelente decisão dos prefeitos do Grande ABC de cancelar juntos o Réveillon e também a bagunça do Carnaval (Setecidades, dia 8). Mostraram um pouquinho de bom senso. Festas de fim de ano são ótimas para comemorar com familiares, em casa. O que precisa ser feito é acolhimento nesses dias de festa às pessoas que não têm lar, não têm famílias. Não precisa ser nada grandioso, apenas que se mostre a elas que não estão sozinhas. E não faltam espaços para isso. Aqui em São Bernardo, por exemplo, tem o Ginásio Poliesportivo, que passa a maior parte do tempo ocioso. Fartos almoços de Natal e de Ano-Novo seriam fantástico acontecimento. Não resolveria o problema de todos eles, mas proporcionaria momentos marcantes. Dinheiro a Prefeitura tem, e daria até para presenteá-las com roupas e calçados novos.
Suzana de Marchi
São Bernardo
Excelente – 2
Muito boa a iniciativa das prefeituras do Grande ABC de não deixar acontecerem Réveillon nem Carnaval. Além de todo perigo por causa da nova variante do coronavírus e a necessidade de mantermos os cuidados com a saúde, ainda tínhamos o inferno dos fogos de artifício, que maltratam demais nossos bichinhos de estimação. Isso deveria ser crime, com prisão aos que soltam fogos. E Carnaval não serve para nada mesmo. E enquanto comemoramos a boa ideia dos prefeitos daqui, também lamentamos a atitude de Bolsonaro, que desta vez criticou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por esta recomendar a exigência de comprovante de vacina para pessoas que quiserem entrar no Brasil. Ou seja, nem um pouco preocupado com nova onde de internações e mortes que pode acontecer. Se bem que não é novidade, porque o que ele mais faz é jogar contra o Brasil e os brasileiros. Bolsonaro é o inimigo número um do Brasil.
Diógenes Paganin
São Bernardo
De 21 para 27, não!
Alguém sabe informar algum projeto relevante do vereador de Santo André Márcio Colombo? É o mesmo que propôs a magnífica, preocupante e relevante troca do nome do Parque Celso Daniel para Duque de Caxias. É o mesmo também de grupo que se diz ‘Brasil Livre’. O que o Brasil precisa é se livrar de políticos como esses. Sem dúvida um dos maiores ‘trabalhos’ desse cidadão foi essa proposta. Sem dúvida também que é ofensa aos trabalhadores chamar o que se faz na Câmara de ‘trabalho’. Todos preocupados com seus próprios umbigos, agora querendo aumentar o número de vereadores de 21 para 27. Aproveitadores. Tenho certeza que é um dos piores – se não o pior – quadros de vereadores que Santo André já teve. Fora com todos eles! Também proponho troca de nome, de MBL (Movimento Brasil Livre) para MVO (Maria Vai com as Outras)!
Salomão Américo Stil
Santo André
Santo
A expressão ‘Deus acima de tudo, e o Brasil acima de todos’, consagrada pelo presidente Jair Bolsonaro, começa a dar mostra do patriotismo e honestidade de nosso presidente diante dos demais chefes de Estado. Nada menos que o tradicional Estado Inglês e mais dois dos maiores, Rússia e China, dirigindo-se diretamente a Bolsonaro para resolver pendências comerciais. É o Estado brasileiro se destacando, por meio seu presidente, como balança de equilíbrio comercial. E aqui na América, no Brasil, sua Pátria, Jair sendo criticado e admoestado. Santo de casa não faz milagres! Isso para os petistas, lulistas e entreguistas, por falta de brasilidade, de patriotismo. A revista Time elegeu Jair Bolsonaro o presidente do ano de 2021, enquanto aqui no Brasil os comunistas, simpáticos a Lula, o querem depor da Presidência. O signatário deste manifesto, com seus quase 93 anos de idade, jamais viu presidente da República do Brasil honesto, sincero e patriota como o atual desta terra de Santa Cruz. Deus é Brasileiro!
Bilac de Almeida Bianco
São Caetano
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