Na eleição de 2016, o PSDB varreu o PT do poder e pintou de azul o cinturão vermelho no quintal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o auge do tucanato paulista que, de quebra, viu João Doria (PSDB) derrotar o petismo paulistano já no primeiro turno. A rota, porém, começou a mudar nos últimos anos com a guerra fria travada pelos prefeitos tucanos Paulo Serra (Santo André) e Orlando Morando (São Bernardo). O confronto se intensificou nas últimas semanas, com as tumultuadas prévias do partido para a escolha do presidenciável. Cada um foi para um lado: o andreense apoiou o governador Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e o são-bernardense, o governador João Doria (São Paulo). Com a vitória do paulista, os olhos se voltam para Paulo Serra e o futuro do prefeito no ninho tucano, já que a disputa interna dos últimos dias rachou o partido a ponto de as lideranças não caberem mais na mesma sigla. Ao jornal Folha de S.Paulo, Eduardo Leite já deu o tom. Disse que fica no PSDB, mas rejeitou coordenar a campanha de Doria. E por aqui?
BASTIDORES
Esquentou
O clima esquentou na sessão de quinta-feira, na Câmara de Diadema, entre o presidente da casa, Josa Queiroz (PT), e o oposicionista Eduardo Minas (Pros). Esse último tentou apresentar requerimento em que questionava o governo do prefeito José de Filippi Júnior (PT) sobre irregularidades supostamente apontadas por servidores da Secretaria de Assistência Social, comandada pela vice-prefeita Patty Ferreira (PT). Josa, que tem a prerrogativa de barrar ou não a tramitação do documento, vetou o andamento. Minas prometeu levar o caso ao MP (Ministério Público).
Moral
Por falar nas prévias do PSDB, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), teve o nome lembrado pelo governador João Doria (PSDB) durante entrevista concedida ontem na condição de pré-candidato a presidente. Na sede do PSDB, em São Paulo, o agora presidenciável fez um balanço de todo o processo de votação interna, detalhando a construção vitoriosa da sua equipe de apoio e enfatizando o papel de Morando. A coletiva reuniu demais lideranças do PSDB, como o vice-governador Rodrigo Garcia, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo partido.
Posse
Está marcada para hoje a posse do vereador Edison Parra (Podemos), que herdou a cadeira deixada pela vereadora Suely Nogueira, que morreu na semana passada vítima de parada cardíaca decorrente de cirrose medicamentosa. Os olhos da classe política se voltam a Parra. Explico: ex-aliado do grupo do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), o parlamentar rompeu com o grupo depois que entrou na Justiça Eleitoral para anular, sem sucesso, os votos do hoje vereador Beto Vidoski (PSDB). A dúvida é se, de volta à casa, Parra se mantém longe do Palácio da Cerâmica.
Muito obrigado
Há pouco mais de sete anos eu realizava meu sonho de trabalhar no Diário, como estagiário deste caderno. No jornal, cobri as eleições de 2014, 2016, 2018 e as últimas, de 2020. Nesses anos todos, passei pela supervisão de Sérgio Vieira, atual diretor de Redação; Evaldo Novelini, Beto Silva, Raphael Rocha e Fábio Martins, além de ter trabalhado com outros profissionais que ajudaram a forjar este repórter. Encerro meu breve ciclo por aqui e agradeço a cada um desses e a tantos outros que não conseguirei nominar um a um. Também não poderia deixar de citar o generoso Ronan Maria Pinto, que dirige este Diário. Serei eternamente grato.
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