Memória Titulo Coluna
Caminhos de Piraporinha. A festa de Bom Jesus. Moços e moças da Vila.

As duas fotos de hoje foram tiradas pelo nosso interlocutor, Luiz João Marotti, no bairro Piraporinha, hoje pertencente a Diadema. Estamos na Estrada de Piraporinha, na segunda metade da década de 1940

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
22/11/2021 | 00:01
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Das memórias de Luizinho Marotti:

- Naquele tempo, eu já havia feito o catecismo. Foi minha professora, na capela de Santa Filomena, dona Mercedes Medici, e também os padres Jerônimo Angeli e Pedro Rico.

- Bem antes, fui batizado pelo padre Francisco Navarro.

- Na infância, os Marotti moraram no Sítio Oneda, da atual Rua Oneda (Jardim Calux, bairro Planalto). Em frente ao sítio havia uma cancha de bocha. O jogo da bocha era feito com madeira de aroeira.

- O português Lucci fazia e vendia vinho.

- As crianças andavam descalças – era assim que iam ao grupo escolar, na atual Praça Lauro Gomes.

- No tempo da guerra, faltava querosene. Era tudo racionado, marcado num cartão azul. Faltava pão. Se tinha macarrão, a gente desmanchava para ter farinha e fazer o pão.

- Do porco criado no quintal se fazia codeguim, linguiça, chouriço, torresmo, que era posto no pão. Cozinhava o couro para pôr no feijão. Toucinho defumado, pancetta.

- E havia as festas religiosas de Piraporinha.

Um caso de amor em Rio Grande da Serra

- A história que se segue foi narrada pelo correspondente do Estadão na então Estação Rio Grande. E publicada em todos os seus detalhes em 14 de novembro de 1901, na primeira página do jornal.

- Pedro Nunes Vieira, moço de 20 anos (mais ou menos), tendo-se enamorado de Albertina Pinheiro, 15 anos presumíveis, e como não fosse do gosto dos pais de Albertina que o matrimônio se realizasse (ele queria, ela queria) estava tudo arranjado e... fugiram na manhã de domingo (dia 10) aproveitando-se da ausência do pai e dos afazeres da mãe de Albertina.

- Hoje (dia 13) apareceram com o trem que aqui chega às 7h30 e nos pareciam outros.</CW>

- Vinham alegres e joviais, aquela melancolia de outrora desaparecera.

- O fato que se dera era tão natural e tão comum nesta localidade, onde todos se medem pelo mesmo quilate.

- O Sr. Amaro Pinheiro, pai da moça, não descansou enquanto não soube que já estavam casados. Ainda bem.

Nota da Memória – Não temos o nome do correspondente do Estadão em Rio Grande naquele início do século XX. Só sabemos que ele tinha uma participação regular no envio das notícias do lugar e que era professor. Em 1901 havia também o correspondente da Estação de São Bernardo (Santo André). Mas este enviava notícias com menos regularidade. 

Em 22 de novembro de...

1886 - Ministro da Agricultura, conselheiro Antonio Prado, e presidente da Província do Estado, Visconde da Parnaíba, visitam o Núcleo Colonial de São Bernardo e são recebidos em festa.

1901 – De uma crônica médica assinada pelo Dr. Luiz Pereira Barretto no Estadão: “A grande campanha está chegando afinal ao seu termo. A epidemiologia da febre amarela não encerra mais mistérios. (...) sabemos hoje que a febre amarela não é contagiosa”.

1953 – Realizados plebiscitos em Mauá e Ribeirão Pires. O povo diz ‘sim’. E os dois distritos separam-se de Santo André.

1956 – Fundado o Conservatório União e Cultura Musical Santa Cecília, em Santo André.

1991 – Fechado por mais de oito anos, é reaberto o Teatro Procópio Ferreira, no bairro Pauliceia, em São Bernardo, com uma mostra de artes plásticas dos artistas do bairro: Sarro, Sobral e Mikio.

Hoje

- Dia da Música, do Músico e dos Cantores

Diário há meio século

Domingo, 21 de novembro de 1971 – ano 13, edição 1696 

Comércio – Em frente da Catedral do Carmo, em Santo André, o engenheiro Joaquim Corrêa Lima, com sua equipe e fornecedores, construiu, em apenas 75 dias, três andares da nova loja Mesbla.

Início da obra: 2 de setembro de 1971.

Término: 17 de novembro de 1971.

Inauguração: 22 de novembro de 1971.

Crônica – As Cartas Que se Constituem em Dilema, de autoria de Julio Pinheiro, pseudônimo de Hermano Pini Filho.

Santos do dia

- Cecília

- Tomás Reggio

- Daniel, Eugênia, Filemon e Ápia, Marcos e Estêvão, Mauro, Pramácio, Sabiniano e Trigídia

- Beatos: Bento de Ponte e Cristiano

Municípios brasileiros

- No Estado de São Paulo, Álvaro de Carvalho (1949) e Monte Castelo (1954).

- Pelo Brasil: no Ceará, Barro, Chaval, Itatira, Jati, Marco, Monsenhor Tabosa, São Luís do Curu e Trairi; em Minas Gerais, Cabeceira Grande; no Maranhão, Cândido Mendes; no Rio Grande do Sul, Cruzeiro do Sul e Ibiaçá; no Paraná, Iguaraçu e Santa Cecília do Pavão; em Rondônia, Ji-Paraná e Primavera de Rondônia; em Santa Catarina, Lages; no Rio de Janeiro, Niterói; e em Goiás, Piracanjuba.




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