As duas fotos de hoje foram tiradas pelo nosso interlocutor, Luiz João Marotti, no bairro Piraporinha, hoje pertencente a Diadema. Estamos na Estrada de Piraporinha, na segunda metade da década de 1940
Das memórias de Luizinho Marotti:
- Naquele tempo, eu já havia feito o catecismo. Foi minha professora, na capela de Santa Filomena, dona Mercedes Medici, e também os padres Jerônimo Angeli e Pedro Rico.
- Bem antes, fui batizado pelo padre Francisco Navarro.
- Na infância, os Marotti moraram no Sítio Oneda, da atual Rua Oneda (Jardim Calux, bairro Planalto). Em frente ao sítio havia uma cancha de bocha. O jogo da bocha era feito com madeira de aroeira.
- O português Lucci fazia e vendia vinho.
- As crianças andavam descalças – era assim que iam ao grupo escolar, na atual Praça Lauro Gomes.
- No tempo da guerra, faltava querosene. Era tudo racionado, marcado num cartão azul. Faltava pão. Se tinha macarrão, a gente desmanchava para ter farinha e fazer o pão.
- Do porco criado no quintal se fazia codeguim, linguiça, chouriço, torresmo, que era posto no pão. Cozinhava o couro para pôr no feijão. Toucinho defumado, pancetta.
- E havia as festas religiosas de Piraporinha.
Um caso de amor em Rio Grande da Serra
- A história que se segue foi narrada pelo correspondente do Estadão na então Estação Rio Grande. E publicada em todos os seus detalhes em 14 de novembro de 1901, na primeira página do jornal.
- Pedro Nunes Vieira, moço de 20 anos (mais ou menos), tendo-se enamorado de Albertina Pinheiro, 15 anos presumíveis, e como não fosse do gosto dos pais de Albertina que o matrimônio se realizasse (ele queria, ela queria) estava tudo arranjado e... fugiram na manhã de domingo (dia 10) aproveitando-se da ausência do pai e dos afazeres da mãe de Albertina.
- Hoje (dia 13) apareceram com o trem que aqui chega às 7h30 e nos pareciam outros.</CW>
- Vinham alegres e joviais, aquela melancolia de outrora desaparecera.
- O fato que se dera era tão natural e tão comum nesta localidade, onde todos se medem pelo mesmo quilate.
- O Sr. Amaro Pinheiro, pai da moça, não descansou enquanto não soube que já estavam casados. Ainda bem.
Nota da Memória – Não temos o nome do correspondente do Estadão em Rio Grande naquele início do século XX. Só sabemos que ele tinha uma participação regular no envio das notícias do lugar e que era professor. Em 1901 havia também o correspondente da Estação de São Bernardo (Santo André). Mas este enviava notícias com menos regularidade.
Em 22 de novembro de...
1886 - Ministro da Agricultura, conselheiro Antonio Prado, e presidente da Província do Estado, Visconde da Parnaíba, visitam o Núcleo Colonial de São Bernardo e são recebidos em festa.
1901 – De uma crônica médica assinada pelo Dr. Luiz Pereira Barretto no Estadão: “A grande campanha está chegando afinal ao seu termo. A epidemiologia da febre amarela não encerra mais mistérios. (...) sabemos hoje que a febre amarela não é contagiosa”.
1953 – Realizados plebiscitos em Mauá e Ribeirão Pires. O povo diz ‘sim’. E os dois distritos separam-se de Santo André.
1956 – Fundado o Conservatório União e Cultura Musical Santa Cecília, em Santo André.
1991 – Fechado por mais de oito anos, é reaberto o Teatro Procópio Ferreira, no bairro Pauliceia, em São Bernardo, com uma mostra de artes plásticas dos artistas do bairro: Sarro, Sobral e Mikio.
Hoje
- Dia da Música, do Músico e dos Cantores
Diário há meio século
Domingo, 21 de novembro de 1971 – ano 13, edição 1696
Comércio – Em frente da Catedral do Carmo, em Santo André, o engenheiro Joaquim Corrêa Lima, com sua equipe e fornecedores, construiu, em apenas 75 dias, três andares da nova loja Mesbla.
Início da obra: 2 de setembro de 1971.
Término: 17 de novembro de 1971.
Inauguração: 22 de novembro de 1971.
Crônica – As Cartas Que se Constituem em Dilema, de autoria de Julio Pinheiro, pseudônimo de Hermano Pini Filho.
Santos do dia
- Cecília
- Tomás Reggio
- Daniel, Eugênia, Filemon e Ápia, Marcos e Estêvão, Mauro, Pramácio, Sabiniano e Trigídia
- Beatos: Bento de Ponte e Cristiano
Municípios brasileiros
- No Estado de São Paulo, Álvaro de Carvalho (1949) e Monte Castelo (1954).
- Pelo Brasil: no Ceará, Barro, Chaval, Itatira, Jati, Marco, Monsenhor Tabosa, São Luís do Curu e Trairi; em Minas Gerais, Cabeceira Grande; no Maranhão, Cândido Mendes; no Rio Grande do Sul, Cruzeiro do Sul e Ibiaçá; no Paraná, Iguaraçu e Santa Cecília do Pavão; em Rondônia, Ji-Paraná e Primavera de Rondônia; em Santa Catarina, Lages; no Rio de Janeiro, Niterói; e em Goiás, Piracanjuba.
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