Quatro meses após início da sindicância que apura a morte de três pacientes no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Santo André, equipamento gerido pelo governo do Estado, a Secretaria de Saúde decidiu por desligar a diretora da unidade.
Uma sindicância foi instaurada para apurar a morte de três pessoas que estavam internadas no hospital de campanha da unidade e que acabaram morrendo após falha no dispositivo de distribuição de oxigênio aos pacientes.
Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde também concluiu que a falha no fornecimento de oxigênio, que alimentava as pessoas que morreram, ocorreu por diversos problemas que acabaram interrompendo a distribuição do recurso aos doentes.
“A Secretaria de Estado da Saúde determinou a realização de sindicância para apuração de responsabilidades pelo ocorrido e as atividades do hospital de campanha foram suspensas desde 4 de junho. As apurações indicaram que a falha no fornecimento de oxigênio teve causas multifatoriais e a diretoria da unidade foi desligada. O caso segue sob investigação do 6º Distrito Policial de Santo André”, informou a pasta, por meio de nota.
O caso ainda é investigado pelas autoridades policiais por meio de inquérito. Conforme a SSP (Secretaria de Segurança Pública), exames periciais para avaliar o que ocorreu foram solicitados e estão em elaboração. Assim que os resultados saírem, deverão ser anexados ao inquérito.
“O caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 6° DP de Santo André. Exames periciais foram solicitados e estão em elaboração. Os laudos serão anexados ao inquérito assim que concluídos. A autoridade policial também realiza a oitiva de servidores da unidade de saúde. Diligências seguem em andamento para esclarecer os fatos”, declarou a pasta.
Os vereadores de Santo André também criaram comissão para acompanhar as investigações. Formam o bloco o presidente da Casa, Pedrinho Botaro (PSDB), Vavá da Churrascaria (PSD), Ricardo Alvarez (Psol) e Renatinho do Conselho (Avante). A função do grupo é a de acompanhar as ações do governo do Estado e também da FUABC (Fundação do ABC), que são os responsáveis pela administração e pela apuração das falhas que resultaram na morte dos pacientes.
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