O primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, viajou neste domingo para Nova York, assim como o presidente iraniano, Mohammed Khatami.

No total, 152 chefes de Estado e de Governo sao esperados na ONU para participar, de quarta a sexta-feira, na Cúpula do Milênio, segundo uma relaçao parcial publicada na última sexta-feira.

Nova York prevê medidas de segurança excepcionais para este encontro, que pode paralisar Manhattan.

A reuniao é uma das mais importantes na história da ONU, só superada pela realizada para o cinquentenário da organizaçao em 1995.

A reuniao conjunta dos principais protagonistas do processo de paz no Oriente Médio - com a única exceçao do presidente egípcio, Hosni Mubarak - permitirá uma nova tentativa de acordo de paz, depois do fracasso do encontro de Camp David (11 a 25 de julho).

Barak e o presidente palestino Yasser Arafat se entrevistarao separadamente com o presidente Bill Clinton na quarta-feira, à margem da Cúpula, embora nao se descarte a possibilidade de um encontro tripartite.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, informou que durante o encontro de cúpula do Milênio, se reunirá com o líder palestino Yasser Arafat para juntar-se à luta desse povo.

``Junto-me à luta do povo palestino', disse à imprensa o presidente venezuelano, segundo destacou nesta segunda-feira a imprensa local.

Chávez, que deve fazer seu discurso no próximo dia sete na Cúpula da ONU, acrescentou que além de reunir-se com Arafat, se entrevistará com os presidentes da Espanha, José María Aznar, e da Federaçao Russa, Vladimir Putin.

Também anunciou uma próxima visita a Caracas do chefe de Estado peruano, Alberto Fujimori.

A reuniao de cúpula propriamente dita será precedida pela inauguraçao oficial, nesta terça, da Assembléia do Milênio, e por uma conferência dirigida pelo presidente Khatami intitulada ``Diálogo entre as civilizaçoes'.

No mesmo dia, será oficializada também a entrada de Tuvalu - uma pequena ilha do Sul do Pacífico - na organizaçao, elevando o número de países a 189.

A cerimônia será a oportunidade de ver reunidos em um mesmo lugar Clinton, o presidente russo, Vladimir Putin; o presidente cubano, Fidel Castro, e o vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz.

A visita de Castro aos Estados Unidos é a quarta em mais de 40 anos e ocorre em meio a crescente tensao entre Washington e Havana.

Mas os Estados Unidos, que têm um acordo com a ONU, deram um visto de entrada ao dirigente comunista.

Entre os líderes esperados, também figuram o chinês Jiang Zemin, o indonésio Abdurrahman Wahid e o venezuelano Hugo Chávez.

O líder líbio Mouammar Kadhafi, o norte-coreano Kim Jong-Il e o congolês Laurent Desiré Kabila nao estarao presentes em Nova York.

Os organizadores desejam evitar que a reuniao de cúpula se limite, como é costume, a um conjunto de promessas e palavras vazias.

Os Estados membros deverao aprovar um ambicioso plano contido em uma ``Declaraçao do Milênio', que tentará, daqui até 2015, reduzir a pobreza no Sul, garantir o acesso universal à educaçao, combater a propagaçao da Aids e o reaquecimento do planeta e reforçar as Naçoes Unidas.

Cerca de 6 mil policiais uniformizados percorrerao as ruas em torno da sede da ONU e equipes de agentes secretos garantirao a segurança dos líderes mundiais.

``Estarao mais bem protegidos do que em qualquer outra parte do mundo . Embora ache que alguns deles sao seres humanos desprezíveis', declarou Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York.