Santo André deu, na tarde de ontem, o primeiro passo para planejar e discutir o futuro, de que forma o município irá chegar em 2053, quando irá completar 500 anos de fundação. Ao lançar oficialmente o processo participativo de revisão do Marco Regulatório da Política Urbana, a administração municipal mostra que é necessário pensar hoje a cidade de amanhã.
E isso significa discutir quais as mudanças que precisam ser feitas desde já para garantir uma sociedade mais desenvolvida e mais sustentável nas próximas três décadas. Isso passa pela elaboração de novo plano diretor, lei de zoneamento, código de obras e edificações e outras legislações que necessitam ser revisadas. Essas revisões terão impacto direto nas políticas públicas de habitação, infraestrutura, saúde, educação, saneamento, segurança pública, o que reflete diretamente na qualidade de vida da população.
Mas essa discussão só faz sentido se contar o elemento central dessas mudanças, que é o morador da cidade, que é quem vive o dia o dia e sabe identificar o que poderia ser feito pelo poder público para melhorar as condições de vida. E, nesse ponto, a Prefeitura de Santo André acerta em trazer o morador para o debate. Antes de tudo, é necessário ouvir o que a população pensa, o que precisa ser mudado e quais as soluções que devem ser adotadas. E erra menos quem ouve mais.
O prefeito Paulo Serra também acerta ao reconhecer que o ex-prefeito de Santo André Celso Daniel havia sido pioneiro em discutir com a população o planejamento da cidade. E quando separa qualquer tipo de ideologia política das políticas públicas. É possível, sim, usar exemplos bem-sucedidos do passado e trazer para a realidade atual.
As ferramentas atuais são outras. E a própria sociedade é outra. As demandas mudaram. E a administração decidiu ter a coragem de ouvir os desejos de quem mora e faz a cidade acontecer. A participação popular é fundamental para a construção de uma sociedade melhor. E reconhecer isso é o primeiro passo para uma administração bem-sucedida.
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