Política Titulo Na peça orçamentária
Estado reserva R$ 5 mi para projeto da Linha 20

Orçamento para ano que vem prevê apenas verba para subsidiar estudo embrionário do modal que ligará a região à Capital

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
16/10/2021 | 22:03
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Divulgação


O governo do Estado pretende avançar no ano que vem com o projeto inicial para a viabilidade da Linha 20-Rosa do Metrô, um dos modais que ligarão o Grande ABC à Capital e cujo estudo foi assinado em janeiro. Na peça orçamentária de 2022, o Palácio dos Bandeirantes reservou o montante para subsidiar o estudo embrionário – R$ 5 milhões –, o que indica que nenhuma outra etapa do projeto, como o início das obras, deve sair do papel no próximo exercício.

A gestão João Doria (PSDB) destinou o aporte na LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2022 para “elaboração de estudos, projetos da rede básica, serviços preliminares e demais projetos para subsidiar a implantação de linhas metroviárias, incluindo a Linha 20-Rosa”. É a única referência ao modal na peça, que foi protocolada na Assembleia Legislativa no início do mês e que ainda pode passar por alterações por meio de emendas dos parlamentares.

Em 2022 completarão três anos desde que Doria decidiu desengavetar a Linha 20 – o projeto inicial foi comentado em 2010. O governador citou o modal como alternativa à extinção da Linha 18-Bronze, monotrilho idealizado para a ligar as sete cidades à Capital, mas que nunca saiu do papel. Na ocasião em que prometeu estações no Grande ABC para a Linha 20, Doria também citou pela primeira vez a implantação do BRT (ônibus de alta velocidade, na sigla em inglês). Em abril, o governo do Estado deu sinal verde para tirar o projeto do papel e concedeu a implementação da linha à Metra, que, de quebra, também teve o contrato de operação dos trólebus do Corredor ABD prorrogados até 2046 e recebeu a concessão de uma centena de linhas da extinta Área 5.

AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Outro processo que envolve a Linha 20 e que segue em andamento é a licitação para contratação de empresa para formular a avaliação sobre a viabilidade financeira do modal, tecnicamente chamado de financial advisory.

No mês passado, o Consórcio Logit Queiroz Maluf Almeida & Fleury-EGT apresentou a melhor proposta para tocar o levantamento, no valor de R$ 1,6 milhão. O grupo é formado pelas empresas Logit Engenharia Consultiva Ltda; Queiroz Maluf Sociedade de Advogados; Almeida & Fleury Consultoria de Economia; e EGT Engenharia. O contrato, porém, ainda não consta como homologado no Portal da Transparência do Metrô.

Questionado sobre os motivos de reservar somente verba para o estudo inicial da Linha 20, o Metrô informou, em suma, que o estudo demanda tempo e não informou prazos para conclusão.

“O orçamento de 2022 (do governo do Estado) para a Linha 20-Rosa compreende os valores necessários para a conclusão do projeto funcional e dos trabalhos auxiliares (investigações geotécnicas, mapeamento e cadastramento das redes públicas), que foram iniciados neste ano. Com a conclusão desse estudo, será possível a elaboração dos termos para contratação do projeto seguinte (projeto básico)”, justificou a empresa paulista, sem citar datas para avanços dos processos.

A Linha 20-Rosa é desenhada para sair da Lapa, Zona Oeste da Capital, e chegar em Santo André, passando por São Bernardo. 




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