Política Titulo São Caetano
Ministro do TSE pauta análise de recurso de Auricchio para dia 22

Salomão divulga data de quando plenário da corte avaliará pedido do tucano para validar seus votos; se indeferimento for mantido, nova eleição deve ser convocada

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/10/2021 | 15:04
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Divulgação/Celso Luiz/ DGABC


O ministro Luís Felipe Salomão, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), incluiu na pauta do dia 22 de outubro o julgamento do recurso do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), de São Caetano, contra a decisão da Justiça Eleitoral de anular os 42,8 mil votos obtidos por ele na eleição do ano passado.

Depois de mais de dois meses com o processo em mãos, Salomão anunciou nesta quinta-feira (14) a liberação para análise do pleito do tucano. O julgamento está marcado para o plenário virtual e seu desfecho tende a colocar fim à celeuma político-eleitoral instalada na cidade, que desde o dia 1º de janeiro é governada interinamente pelo vereador Tite Campanella (Cidadania), presidente da Câmara.

Se o TSE acolher a tese de Auricchio e inocentá-lo, o tucano volta ao comando do Paço para o quarto mandato. Se mantiver a rejeição do registro de candidatura, nova eleição à Prefeitura precisará ser convocada.

Como o caso irá para plenário virtual, os ministros do TSE terão uma semana para proferir o voto. Não haverá, portanto, uma sessão tradicional. Os ministros destacados registram no sistema eletrônico seus votos – o procedimento se encerrará dia 28.

Auricchio foi considerado inelegível pela condenação sofrida com relação eleição de 2016, ano em que retornou ao Palácio da Cerâmica. À ocasião, a campanha do tucano recebeu as maiores doações de duas mulheres aposentadas – uma delas, inclusive, beneficiária do Bolsa Família. Ele foi condenado em primeira instância por captação irregular de doação eleitoral, sentença mantida pelas instâncias superiores.

A despeito do revés jurídico, terminou o mandato graças à liminar conquistada no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), que considerou o momento de pandemia de Covid-19 como fator determinante para mantê-lo na cadeira e evitar contratempos políticos em meio à crise sanitária global.

Com essa decisão em mãos, Auricchio registrou sua candidatura à reeleição, alegando que a liminar conquistada junto ao presidente do TRE-SP, Waldir Nuevo Campos, anulava a condenação anterior por captação ilegal de recursos financeiros. Porém, a juíza Ana Lúcia Fusaro, da 166ª Zona Eleitoral, indicou o impedimento jurídico do tucano.

Em abril, Salomão havia, de forma monocrática, rejeitado recurso da defesa de Auricchio. Em junho, porém, promoveu reviravolta no processo no trâmite no TSE, autorizando a possibilidade para sustentação oral das partes interessadas – além de Auricchio, estão incluídas na ação o ex-vereador Carlos Humberto Seraphim (PL, candidato a vice de Auricchio), o ex-vereador Fabio Palacio (PSD, candidato a prefeito), Mario Bohm (ex-Novo e ex-prefeiturável),o hoje secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Tortorello (ex-PRTB e ex-prefeiturável), o Psol e o Ministério Público.

Com essa decisão, qualquer desfecho sobre a convocação de nova eleição ou para Auricchio assumir o mandato dependerá do plenário do TSE.




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