Palavra do Leitor Titulo Artigo
Idoso e o mercado de trabalho pós-Covid
Por Do Diário do Grande ABC
02/10/2021 | 09:13
Compartilhar notícia


O mundo do trabalho vem passando por mudanças desde a Revolução Industrial. A globalização, a evolução e a modernidade da tecnologia fizeram com que mudanças ocorressem de forma tão rápida que o preparo das pessoas em várias áreas acabou não acompanhando esta velocidade.

Por esse motivo as empresas reestruturam a sua forma de contratação para não perder a sua competividade no mercado, passando a investir na atração e retenção dos jovens, com agilidade no aprendizado em novas tecnologias, idiomas, intercâmbios etc. Os processos de recrutamento e seleção dos candidatos passaram a ser ainda mais exigente.

Nesse movimento muitas empresas passaram a substituir funcionários de 45 a 50 anos por pessoas mais jovens. Quem nem ainda fazia parte da terceira idade passou a perder espaço e ter dificuldade de se recolocar no mercado de trabalho.

Este fato gerou nestes trabalhadores um processo de baixa autoestima, insegurança e falta de renda, levando-as a atuar na informalidade para sobreviver. Em se tratando de pessoas com 60+, o cenário ficou ainda mais difícil, já que não conseguiam demonstrar as suas competências e o seu valor para as organizações.

Ao olhar o cenário internacional, percebemos que os idosos, que vivem no Oriente, por exemplo, são uma referência para troca de experiências, tanto profissional quanto vida. Na União Europeia é comum pessoas ativas profissionalmente com mais de 65 anos.

Um estudo realizado pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, disponível na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), constatou que o número de pessoas com mais de 65 anos que estão trabalhando com carteira assinada aumentou 43% entre 2013 e 2017, saindo de 484 mil para 649,4 mil.

As organizações passaram a considerar a contratação de um profissional maduro, valorizando uma experiência extensa, tanto pessoal como profissional. Pessoas com 60 anos ou mais não precisam abdicar de suas carreiras para se aventurarem em trabalhos informais. Aliás, muitas delas ainda estão aptas fisicamente e mentalmente para realizar um bom trabalho.

Agora as empresas olham positivamente para a convivência e troca de experiências entre idosos e jovens. Efetivamente, “os mais velhos” ensinam muito e ajudam no processo de amadurecimento profissional dos mais jovens.

Os idosos ou 60+, por já terem na bagagem vivências pessoais e profissionais, levam para as organizações um conjunto de atitudes, como sabedoria, alegria, gratidão, responsabilidade, adaptação e respeito às diferenças, que contribuem para uma crescimento e aprendizado dos mais jovens.


Lourdes Nogueira é psicóloga, mentora, terapeuta e professora da Estácio São Paulo.


PALAVRA DO LEITOR

Paul Harris
Biblioteca é um espaço de cultura, de evolução, de interação, de livros, mas de muito, muito mais que um acervo puramente virtual pode prover sozinho. Os saraus, os lançamentos, os bate-papos com os autores, as visitas escolares, todos realizados pela Biblioteca Paul Harris, contribuem para o engrandecimento da cidade de São Caetano, e é incabível que as autoridades que têm como dever proteger espaços e atividades de cultura queiram destruir um dos maiores (Política, 24 de agosto). Pré-pandemia, os eventos eram um dos poucos momentos em que minha mãe, que tem dislexia, ficava completamente confortável em um ambiente de leitura. A biblioteca, como espaço, atrai públicos que não entrariam em contato com a escrita e a cultura da mesma forma se existisse apenas o ambiente on-line. É um lugar de muito orgulho para a cidade, que deve ser preservado. A digitalização é sim uma forma de aumentar o acesso, mas, quando combinada com a eliminação do espaço físico, tem o efeito contrário.
Lilia Benedetti
Santo André


Vinte e sete vereadores
Esta questão de se aumentar o número de vereadores em Sano André, vejo como uma agressão ao princípio da administração da coisa pública, pois se o município não possui recursos para pagar suas dívidas – vejam a questão dos precatórios –, não possui também capacidade de fazer qualquer investimento, a não ser por via empréstimo bancário, como ocorrera recentemente para aplicação em modernização administrativa, lhe faltam recursos ainda para corrigir os salários de algumas categorias, como os administrativos, que sofrem com os desgastes inflacionários, provocados por descuido do passado, principalmente, eu pergunto: diante da clara redução da arrecadação provocada pela pandemia, por que não se aborta essa ideia de aumentar o número de vereadores? A Constituição pode até permitir, mas não obriga. A estrada me permite trafegar a 120 km/h, mas não sou obrigado a essa velocidade, pois minha capacidade está para no máximo 100. É uma questão de se ter ou não bom senso da situação, pois o que não pode é agravá-la. Esta cidade não merece isso.
Filogônio Rodrigues de Oliveira
Santo André


CPI da Prevent Senior
Com a CPI da Pandemia no Senado sendo finalizada, e, certamente, com dezenas de indiciados envolvidos, incluindo o chefe deste escândalo de crimes praticados, Jair Bolsonaro, já que uma verdadeira quadrilha foi formada no Ministério da Saúde, a Câmara Municipal de São Paulo também instala uma CPI para investigar os horrores praticados nesta pandemia pela Prevent Senior, que, alinhada a Bolsonaro, medicava seus pacientes e, sem autorização deles, com o ineficaz e não recomendado kit-Covid. E com fraudes comprovadas nos prontuários dos pacientes, em que vários chegaram a óbito. É mais um evento para desmascarar a perversidade do Planalto, e de seus asseclas aliados que cometeram crime contra a humanidade.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)


Indicação ao STF
O presidente da República indica nomes para ocupação de cargos de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Isto cria uma situação que preocupa. O Judiciário, em todos os níveis, não pode ficar sujeito a avaliações de que os indicados atenderão às pretensões do ocupante do cargo maior da República.
Uriel Villas Boas
Santos (SP)


Ligeirinho
Minha amada sem sorte, digo, consorte, Alice Machado de Oliveira, aprecia – sobremaneira – ler missivas, publicadas, neste prestigioso periódico, da lavra do conceituado jornalista diarionete Arlindo Ligeirinho Ribeiro. A minha amiga, a dona Miquelina Pinto Pacca é fã de carteirinha do Ligeirinho e sente palpitações exacerbadas quando lê missivas da lavra do Selerepe, publicadas nesta coluna Palavra do Leitor.
João Paulo de Oliveira
Diadema
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;