As vendas das micro e pequenas empresas do Grande ABC deram uma reanimada em outubro. Em relação a setembro, as receitas cresceram 4,5%, o equivalente a R$ 56,9 milhões. Porém, quando o desempenho é comparado com o mesmo mês no ano passado, há expressiva queda de 13,8%, diferença de R$ 213,1 milhões.
Ambos os resultados destoam dos obtidos como média em todo o Estado de São Paulo. O faturamento das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) paulistas em outubro obteve elevação de 0,2% ante setembro - resultado bastante inferior ao registrado na região.
Em relação ao mesmo mês em 2009, por sua vez, o desempenho das vendas do Estado foi bem melhor do que o do Grande ABC, com aumento de 1,5%.
Segundo o consultor do Sebrae-SP Pedro João Gonçalves, as duas variações foram diferentes da média estadual devido ao perfil predominante das companhia da região. "Na comparação mensal, o Grande ABC foi favorecido em outubro pela concentração setorial da indústria e de serviços ligados a empresas, caso dos transportes, bastante solicitados para abastecer o comércio", explica.
Já em relação a outubro do ano passado, Gonçalves explica que no último trimestre de 2009 a recuperação estava vigorosa, o que deixou uma base forte de comparação.
Para se ter ideia, em outubro do ano passado frente a outubro de 2008, período da crise, quando a base de comparação estava depreciada, houve alta de 11,2%. No Estado, a elevação foi de 4,6%.
ACUMULADO - No acumulado do ano, o faturamento das MPEs do Grande ABC ainda mantem elevação de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas do Estado de São Paulo, entretanto, de janeiro a outubro, cresceram 9%. Não é a toa que a expectativa de crescimento das receitas das MPEs paulistas é de 8% ante 2009.
Não há perspectiva em percentuais para o Grande ABC. No ano passado, houve recuo de 2,8% em relação a 2008. O Estado diminuiu 5,5% no mesmo período. "O movimento deve prosseguir positivo até o fim do ano", diz Gonçalves, referindo-se à comparação mensal.
PESQUISA - Dos 2.716 donos de MPEs entrevistados, em um universo de 1,3 milhão de empresas formais no Estado de São Paulo, 62% acreditam que a receita aumente ou se mantenha nos próximos seis meses e 37% não fazem ideia do que irá acontecer.
Quanto à economia brasileira, a parcela de empresários que acredita em aumento no nível de atividade da economia nos próximos seis meses é de 32%, sendo que 29% acreditam que se manterá no nível de atividade atual e 37% não têm expectativa sobre o nível de atividade.
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