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OAB repudia divulgação de advogados que seriam ligados ao PCC
Das Agências
08/06/2006 | 20:11
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O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, Luiz Flávio Borges D´Urso, recebeu na última quarta-feira uma representação contendo a relação dos advogados inscritos na seccional paulista que supostamente seriam ligados ao crime organizado.

Os documentos foram entregues pelos membros da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do tráfico de armas. O ofício solicita a instauração do respectivo procedimento perante o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB.

D´Urso determinou sigilo sobre os nomes constantes na lista, uma vez que a apuração ético-disciplinar tramita de forma sigilosa por força de lei. O presidente da OAB também repudiou veementemente a divulgação dos nomes dos advogados antes de qualquer apuração.

"Essa exposição pública também nega o princípio constitucional da presunção de inocência, sendo que o fato do advogado criminal defender algum acusado de delito grave faz parte de sua atividade profissional. O número de entrevistas que tem com seu cliente não constitui, por si só, uma irregularidade", afirmou D´Urso.

Segundo o líder da OAB, apenas uma minoria dos advogados estão envolvidos em processos ético-disciplinares. "A totalidade da advocacia é composta por profissionais honestos, éticos e que dignificam a profissão e as exceções são tratadas como tal pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB, que tem como objetivo apurar, à luz da ampla defesa e do contraditório, qualquer infração ética."




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