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Covid é menos letal em S.Bernardo, Sto.André e Rio Grande da Serra

Cidades lidam melhor com a pandemia, e mortes não ultrapassam 4% das pessoas infectadas; São Caetano tem pior índice da região

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
08/09/2021 | 00:54
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Claudinei Plaza/ DGABC


Santo André, São Bernardo e Rio Grande da Serra são as três cidades do Grande ABC que melhor conseguiram lidar com a pandemia da Covid. É o que mostram dados compilados pelo Diário que levam em consideração a letalidade do coronavírus com base nos boletins epidemiológicos enviados pelas prefeituras. Em Santo André, até ontem, foram 67.866 casos da doença e 2.518 mortes, o que significa que 3,7% das pessoas que foram infectadas morreram. Em São Bernardo, a taxa é de 3,5%, já que a cidade tem 90.532 registros de contaminação e 3.191 falecimentos. Por fim, Rio Grande da Serra tem 7.121 diagnósticos e 97 óbitos, letalidade de 3,3%, a menor do Grande ABC.

Do outro lado, as cidades da região que sofrem mais para lidar com a doença foram São Caetano e Ribeirão Pires. Na primeira são 15.419 infectados e 912 mortes, ou seja, 5,9% das pessoas que foram contaminadas morreram. Em Ribeirão Pires o indicador é um pouco menor, de 5,6%, já que o município tem 7.121 casos e 398 falecimentos.

Em Mauá, 4,6% das pessoas que foram contaminadas com o coronavírus morreram e, em Diadema, a taxa é de 4,3%. Olhando para o Grande ABC como um todo, a letalidade da doença é de 4%, bem superior à registrada no Estado, que é de 3,4%. No Brasil, a taxa é de 2,8% e no mundo, de 2%.

Maiores cidades do Grande ABC, Santo André e São Bernardo ampliaram as redes municipais de saúde logo no início da pandemia. Um mês após o primeiro caso confirmado, a Prefeitura andreense inaugurou hospital de campanha no Complexo Pedro Dell’Antonia. Na sequência, a cidade ainda disponibilizou mais vagas em estruturas provisórias montadas no Estádio Bruno Daniel e no ginásio da UFABC (Universidade Federal do ABC). No total, Santo André abriu 420 vagas exclusivas para tratar a Covid. Já São Bernardo inaugurou em 14 de maio o Hospital de Urgência, o maior centro médico da cidade, equipado com 259 leitos. Já Rio Grande da Serra, como não tem vagas de internação na rede municipal, dependeu das cidades vizinhas para dar conta da demanda.


Hospital de campanha Dell''Antonia, em Sto.André, abriu no início da pandemia
Foto: Claudinei Plaza/ DGABC


Do outro lado, São Caetano, que é administrada pelo prefeito interino Tite Campanella (Cidadania), desde o início do ano optou por flexibilizar ao máximo a quarentena, inclusive acionando a Justiça em março para não seguir as determinações do Estado por meio do Plano São Paulo. Além disso, a cidade tem 19,1% dos seus 162.763 habitantes com 60 anos ou mais, fatia da população mais suscetível à Covid. Mesmo abrindo 48 leitos provisórios no Hospital São Caetano, o município não conseguiu dar conta da demanda e, entre março e abril, viu 15 pessoas morrerem na fila da Cross (Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde), sistema administrado pelo governo do Estado. A mesma situação foi vivenciada por Ribeirão Pires, que sofreu com colapso na saúde e teve 40 mortes na fila da Cross. 




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