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E-commerce e falta de conectividade
Por Do Diário do Grande ABC
03/09/2021 | 00:01
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A pandemia escancarou problema que muitas empresas dependentes de tecnologia rápida já sabiam faz tempo: o brasileiro enfrenta sérios problemas de conectividade em áreas remotas. Mesmo em tempos nos quais a mídia já menciona as maravilhas da tecnologia 5G, ela está longe de ser realidade próxima em grande parte do País. Segundo o Speedtest Global Idex (índice de classificação mensal das velocidades de banda larga móvel e fixa em todo o mundo), o Brasil ocupa o 83º lugar no ranking de velocidade para mobile, e 57º lugar para web. E enquanto a nossa internet não é das melhores, nossa demanda aumenta gradativamente: o mercado eletrônico brasileiro já é considerado o décimo maior em escala global. A dificuldade de acesso à rede tem tudo a ver com falta de infraestrutura. Em 2017, estudo realizado pelo BCG (Boston Consulting Group) estimou que o Brasil necessitaria de aproximadamente R$ 200 bilhões em investimentos para melhorar o acesso à internet em todas as regiões. 

Para tentar driblar a internet ruim fora do eixo Rio-São Paulo, as lojas on-line estão recorrendo a tecnologias mobile como padrão, com objetivo de fazer com que boa parte da responsabilidade do aplicativo rode do lado do cliente. Esta estratégia permite dispensar recursos do servidor, tornando a navegação mais rápida do lado do usuário. Entre as tecnologias utilizadas, estão frameworks (conjunto de códigos) para front-end e também aquelas voltadas para tornar a UI (User Interface) ainda mais ricas e responsivas. Sempre que houver seções de UI atualizadas dinamicamente – por exemplo, alterações que dependam das ações do usuário ou que ocorrem quando fonte de dados externa for alterada, fica por conta da própria solução ajudar a implementá-las de forma mais simples e sustentável.

Infelizmente, não é possível mudar a situação da conexão geral de internet no País; entretanto, é possível trabalhar para se destacar com site de fácil acesso e com boa usabilidade. Investir na construção de experiências digitais de qualidade pode assegurar que o cliente continue percebendo valor não está apenas no produto que você vende, mas também no serviço oferecido. Há muitas oportunidades para os e-commerces fora do eixo Sul-Sudeste; entretanto, cativar esses novos clientes requer novo olhar sobre a tecnologia, além de mudança de mentalidade. Para que as pessoas que se encontram em regiões com pouca conectividade optem pelas compras on-line e habituem-se a esta comodidade, é necessário que elas tenham experiências cada vez mais surpreendentes. E, para isso, as lojas on-line precisam fazer sua lição de casa, serem criativas e versáteis – já que milagres não acontecem em termos de infraestrutura.

Benhur Cezar é diretor de tecnologia da empresa Estrela10.

PALAVRA DO LEITOR

Paul Harris 1

Foi com um misto de tristeza e indignação que tomei conhecimento da intenção do governo municipal de São Caetano de transferir a legendária Biblioteca Paul Harris do seu prédio atual para uma sala envidraçada e acanhada para comportar essa importante instituição cultural e educativa. Tomada pelo sentimento de que não podemos assistir passivamente a um descalabro desse tamanho, resolvi me dirigir a esse tradicional Diário na expectativa de engrossar o coro dos descontentes. Em períodos de crise, e estamos em meio a uma de dimensões enormes, precisamos de dirigentes que tenham a clareza de apostar no futuro e não há futuro sem investimentos em educação e cultura. A Biblioteca Paul Harris cresceu ao longo do tempo por mérito dos que ali trabalharam e trabalham e daqueles que tiveram visão e ousadia para ali investir. A história não perdoará quem, talvez por desconhecimento dos trabalhos ali realizados, em prol principalmente da leitura e da pesquisa, ou quiçá por motivos inconfessáveis, atentar contra esse patrimônio bibliográfico que pertence a todos os cidadãos. Tempos sombrios para a cultura esses que vivemos. Pergunto: O que será de seu acervo? O que será de sua programação? O que será de seus servidores? O que farão do seu prédio? O que será do conforto dos seus leitores e pesquisadores? A troco de que uma ideia tão estapafúrdia é levada adiante? A biblioteca é nossa e não vamos permitir uma arbitrariedade desse tamanho! As autoridades que se expliquem.

Durvalina Soares Silva

Mirandópolis

Paul Harris – 2

São tantas histórias de acolhimento, de amor, de cultura. São tantos artistas que passaram pela Biblioteca Paul Harris. Um lugar que acredita na arte, no poder da fala, no dedilhar dos instrumentos, no deslizar da caneta, nas palavras mágicas dos contos. Anos de trabalho árduo para que tudo aconteça e faça a diferença. Fez na minha vida, fez na vida de muitos que por ali passaram e que ali estão. Conheci a biblioteca das letras através de um amigo poeta que me levou para lançar meu primeiro livro e vejam só, também lancei o segundo e lançarei o terceiro e tantos outros que eu consiga escrever. Eu acredito na força da união e sei que esse movimento pode nos ajudar. Estamos lutando em defesa do espaço público que tanto nos acolhe com carinho e dedicação, para que não crie força o movimento da contramão e acabe com o lugar de apoio a muitas crianças e jovens no auge de sua preparação para o futuro e também com os sonhos de muitos escritores e poetas, o sonho de dar asas à poesia, dar conhecimento aos que buscam aprender. Estou sentindo demais essa afronta e sei que meus colegas que têm como ferramenta a caneta, o lápis e a fala, também estão. Digo não a essa afronta que pretende extinguir o nosso patrimônio. Deixo aqui a minha indignação.

Pepita de Oliveira

Capital

Ônus e bônus

EM>Muito boa a notícia sobre este novo viaduto que será construído em São Bernardo, na tentativa de desafogar o trânsito das avenidas Robert Kennedy e Piraporinha, tirar veículos da região central e facilitar o acesso à região do Taboão, Rudge Ramos e Pauliceia. Vai ser bastante positivo para aqueles que residem na região do Grande Alvarenga, como os moradores do Assunção e adjacências. Por outro lado, me pergunto e estendo o questionamento ao prefeito Orlando Morando: qual o motivo de se construir uma ponte estaiada, prevista para custar R$ 120 milhões aos cofres do Estado e R$ 13,3 milhões para o município? Serão menos de 800 metros de estrutura, o que não me parece justificar um valor tão alto. O lado benéfico para o tráfego é inegável, mas o elevado custo é um tanto quanto duvidoso.

Lourival Celes de Araújo

Diadema

IR sobre dividendos

Acionista e empresa são parceiros. A empresa para crescer vende ações, daí o acionista. Caso a empresa, após pagar todas as despesas e impostos tenha lucro, parte do lucro remunera o acionista com o dividendo. Assim, 15% de IR (Imposto de Renda) sobre o dividendo é bitributação. No Brasil é fácil criar imposto, difícil é reduzir despesa pública e imposto, mas nós, eleitores, é quem somos culpados ao eleger os deputados e senadores que fazem as leis.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha 




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