Esportes Titulo Seleção Brasileira
Mano dá início à tentativa de sobreviver
Das Agências
25/05/2012 | 07:14
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Ricardo Trida/DGABC
Ricardo Trida/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra


Faltando dois anos para a Copa do Mundo, começa a fase mais delicada do técnico Mano Menezes no comando da Seleção Brasileira. Amanhã, a equipe enfrenta a Dinamarca, em Hamburgo (ALE), no primeiro jogo da era Marin. A princípio, a meta é formar time para a Olimpíada de Londres, mas ninguém esconde que não é só a medalha que está em jogo.

Com um quarto dos jogadores convocados voltando de contusão, com apenas um treino, com a CBF sob nova direção e uma série de quatro adversários de peso - o time ainda encara Estados Unidos, México e Argentina -, Mano Menezes jamais esteve sob tanta pressão.

José Maria Marin assumiu o lugar de Ricardo Teixeira na CBF com o compromisso de que não mudaria nada. Em poucos meses, porém, abriu as portas ao governo na preparação do Mundial e, agora, ensaia intervenção direta na Seleção e chegou a dizer que não queria Ronaldinho Gaúcho.

O zagueiro Thiago Silva, principal nome da equipe, foi claro ao ser questionado sobre a pressão de Marin sobre o técnico. "A Seleção é feita de resultados. Se não temos isso, tudo pode ocorrer", alertou o defensor do Milan. Marcelo, lateral-esquerdo do Real Madrid, chega a ser mais explícito. "Vamos apoiar o treinador para que ele fique", disse.

BAIXAS
Se o plano era preparar o time olímpico, Mano Menezes terá sérios desafios. Paulo Henrique Ganso pode ser substituído por Oscar, que vem de 47 dias parado. Mas a CBF já estuda nova convocação para os três amistosos nos Estados Unidos. De qualquer forma, o técnico improvisará novamente e montará time que jamais entrou em campo junto. Na prática, a equipe olímpico ideal, com Neymar e Paulo Henrique Ganso, também não completou 90 minutos juntos.

O primeiro, por conta do jogo do Santos na Copa Libertadores, não está em Hamburgo. Sem o principal astro, as atenções foram voltadas para Thiago Silva, provável capitão. Ele admite a situação difícil da Seleção e reconhece: resultados são fundamentais e a pressão está aumentando. "Serão quatro jogos muito importantes, principalmente o primeiro, já que temos várias baixas", comentou o zagueiro, que também não está 100% fisicamente.

Os problemas não param por aí. O também zagueiro David Luiz, do Chelsea, deixou a final da Liga dos Campeões da Europa sentindo dores e ontem se recusou a comentar sobre a situação. Alexandre Pato, atacante do Milan, também vem de contusão, como Wellington Nem, do Fluminense. O lateral-direito Daniel Alves foi outro cortado por lesão em um treinamento do Barcelona.

Ontem, a maioria dos jogadores chegou à Alemanha com exceção de Lucas e Casemiro, do São Paulo e Rômulo, do Vasco da Gama, que participaram de jogos importantes na quarta e irão diretamente ao único treino antes do jogo contra a Dinamarca.

Se dentro de campo as incertezas são importantes, a preparação ainda é marcada por tensão clara entre Marin e comissão técnica. Agora, sem Paulo Henrique Ganso e sem a opção de Ronaldinho Gaúcho, o técnico Mano Menezes não disfarça que o veto de Marin fechou a porta para uma alternativa.

Jogadores miram vaga nos Jogos Olímpicos

Com a lista final para Londres indefinida, os jogadores da Seleção estão encarando os amistosos como última chance para se garantir nos Jogos. A primeira oportunidade será amanhã, contra a Dinamarca, em Hamburgo, na Alemanha.

"Estou preparado. Quero fazer meu melhor nestes jogos e dias de treinamento, para que possa estar na lista final da Olimpíada", afirmou o atacante Alexandre Pato, recuperado de lesões. "Muitas convocações somos nós que fazemos, quando jogamos bem nos clubes. Acredito que jogando bem, teremos oportunidades", reforçou o zagueiro Thiago Silva.

Entre os novatos, o zagueiro Juan quer justificar a primeira convocação para a Seleção principal. "É gratificante estar aqui. Vou tentar aproveitar o máximo, não apenas para ficar com vaga na Olimpíada, mas também para ter sequência no grupo".

Vivendo indefinição por conta do imbróglio judicial entre Internacional e São Paulo, Oscar não se deixou abalar e mostrou confiança no grupo. "Será jogo difícil, mas eles (Dinamarca) sabem que o futebol brasileiro é muito bom. Também vão nos respeitar, ainda que o time tenha muitos jogadores jovens. Eles estariam na convicção mesmo se fosse na equipe principal. Acho que a nossa Seleção está forte para estes jogos".

Depois da Dinamarca, o Brasil vai encarar os Estados Unidos, dia 30, em Washington, o México, em 3, em Dallas, e a Argentina, no dia 9, em New Jersey.




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