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Metodista oferece aulas gratuitas de natação adaptada
Bia Moço
17/08/2021 | 05:11
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André Henriques/ DGABC


A Umesp (Universidade Metodista de São Paulo) oferece aulas gratuitas de natação adaptada para pessoas com problemas neurológicos e ortopédicos, além de atender cardiopatas e, agora, reabilitação pós-Covid. As aulas acontecem todas as quartas-feiras, das 13h às 15h, com acompanhamento dos professores e alunos dos cursos de fisioterapia e educação física.

Para participar é preciso passar por avaliação na fisioterapia da universidade, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h, e, dependendo do diagnóstico, o encaminhamento às aulas é autorizado.

Responsável técnica e prospectora de estagiários da fisioterapia, Luciana Maniero de Araújo Vasconcelos explicou, porém, que nem todos os pacientes estão aptos para as aulas de natação.

“O objetivo é unir o trabalho de reabilitação e recuperação de movimentos da fisioterapia com a estimulação e fortalecimento muscular promovidos pela aula de natação com técnicas dos educadores físicos. Mas é preciso, antes, recuperar o movimento. Quando o paciente está bem pode ser encaminhado para a piscina terapêutica”, explicou a profissional. “O paciente chega, normalmente, mais debilitado. Quando ele tem alta da fisio, se ele não mantém atividades físicas, ele retoma com problemas. Então aí é que entra o esporte”, completou.

Professor da disciplina de natação do curso de educação física, Luciano Nardelli é quem troca as informações com Luciana para entender o que cada paciente precisa. Daí em diante o trabalho dentro d’água promove, segundo o docente, autonomia, fortalecimento e autoestima. O Diário acompanhou uma aula e pôde observar como os pacientes reagem. “O que mais me chama atenção é o fato de desenvolver a sensibilidade emocional nos alunos”, revelou Nardelli. “Quando você percebe um aluno diferente e vê os efeitos que consegue fazer, cria um amor, respeito e sensibilidade pelo próximo que, muitas vezes, só falando não se atinge”, explicou o professor.

Atualmente são atendidos oito pacientes, mas a intenção é a partir de amanhã aumentar a demanda. Um deles é Antônio Barbosa da Silva, 53 anos, que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 2016 e perdeu os movimentos do lado esquerdo. “Quando cheguei para o tratamento estava de cadeira de rodas. Hoje estou até construindo uma casa”, revelou ele, que tem um pouco de dificuldade nos movimentos.

Gabrielly Aissa da Silva Soares, 21, disse amar as aulas de natação. Com paralisia cerebral, embora necessite do auxílio de cadeiras de rodas, a estudante de comunicação digital e redes sociais disse que dentro da água se realiza. “Gosto muito (da aula de natação) e consigo me mexer melhor”, garantiu.
A fisioterapia funciona na Policlínica da Metodista, na Rua Planalto, 106, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo. 




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