O mundo já tem muita gente chata. Gente mal-humorada, que parou...
Artigo
O mundo já tem muita gente chata. Gente mal-humorada, que parou na vida e, de vez em quando, é sacudida pelos trancos que ela dá. É a velha história: tudo que está acomodado, quando se mexe, atordoa. Gente atenta, que sabe que vive num mundo dinâmico, vê possibilidades nessas mudanças. Já gente chata, que acha que o mundo deveria girar ao seu redor, encontra na mudança mais uma série de argumentos para destilar seu mau humor por aí. Alguns chegam a promover debates, discussões e grandes celebrações sobre o ‘nada', não sem antes segurar você pelo braço. No íntimo, o chato sabe que a sua vontade é sumir dali.
Chatice deveria ser considerada arte, para ficar pendurada no fim do último corredor do museu, com pouca iluminação e acesso difícil. Justamente para ser esquecida, já que agrada apenas ao seu autor: o chato. O problema do chato é que, na briga dele com o mundo, ele acha que vence. Não é assim. Nessa briga com o mundo, vence o mundo. Afinal, é nele que exercitamos nossos relacionamentos, nossa inteligência emocional, nossos valores, enfim, todas as competências que nos diferenciam como pessoas, mesmo quando comparados com outros tecnicamente iguais a nós. Numa entrevista de emprego disputada por duas pessoas iguais em habilidade e conhecimento, vence o menos chato, lembrando que, num mundo que oferece cada dia mais trabalho, quem procura ‘emprego' só pode ser chato.
Tão chato quanto o chato mal-humorado é o chato alegre, que ultrapassa a tênue linha entre o bom humor e a impertinência. E não se contenta em contar a piada uma única vez, em saber a hora de parar com apelidos e brincadeiras de mau gosto, coisas de que somente ele acha graça. Ser bem-humorado não significa rir dos outros, mas, principalmente, saber rir de si próprio. Isso nem o chato de bom humor tem, pois, assim que o canhão da ironia vira-se contra ele, ele se descontrola.
Em se tratando de chatice, vale a pena seguir a orientação budista do caminho do meio: nem lá, nem cá. Assim preservamos nossa credibilidade, usando da chatice - bem ou mal-humorada - somente quando for essencialmente necessária. Agora, faça um grande favor a si mesmo e ao mundo e repita em voz alta: prometo não fazer coro aos chatos do mundo.
Eduardo Zugaib é escritor, palestrante e ministra treinamentos de alto impacto para equipes.
PALAVRA DO LEITOR
Poupanças
Que a história das cadernetas de poupança não se repita. Faz tempo, um certo presidente da República mexeu com bancos e com poupanças ao mesmo tempo. Deu no que deu...
Décio Pedroso, Mauá
Balsa do Riacho
Quanto à reportagem veiculada sobre a sujeira e vandalismo na balsa do Riacho Grande, em São Bernardo, (Setecidades, dia 3), gostaria de esclarecer que a travessia não é de graça, conforme foi colocado. A Emae faz uso da Represa Billings e, portanto, é obrigada a manter a travessia. Ainda que fosse, não justificaria um trabalho mal prestado. Basta que se cobre um bom trabalho da empresa, que não trabalha de graça. É preciso que a Prefeitura fiscalize, afinal trata-se de transporte público.
Danilo Colombo, São Bernardo
Lula de bengala
Em relação às cartas das leitoras sobre a foto em que o ex-presidente Lula aparece de bengala, pergunto: conhecem alguém ou têm algum parente que fez quimioterapia? Então não saberão como ficarão suas pernas. Não amo o Lula, mas pesquisem antes de criticar.
Joana Meneguini, São Caetano
Procurador
O PT está sempre querendo sair na frente no sentido de falcatruas e maracutaias, ou seja, o verdadeiro representante dos aloprados! Queria que o procurador-geral, que não está no cargo, fosse se queimar na CPI do Cachoeira, na qual, pelo andar da carruagem, só não entrou quem já morreu. E desacreditá-lo em relação ao processo dos mensaleiros, verdadeira quadrilha comandada pelo similar moderno do ex-Golbery, o grande amigo dos poderosos e do gênio Zé Dirceu, o grande abre-alas e as portas do ético governo petista. Espero que procurador realmente não entre nessa rua sem saída e possa sim ajudar a condenar essa quadrilha. O Brasil merece respeito e gente honesta, seja aonde for, doa a quem doer!
Antônio José G.Marques, Santo André
Ditadores
Fidel Castro cidadão diademense, por que não? Afinal, São Bernardo não tem a Vila Mussolini? Por que também não mudar o nome da Praça da Moça para Praça Stalin?
Antonio Cesar Scopel, São Bernardo
Pesquisa
Todo pensamento pode ser divulgado, o povo sabiamente responde com suas próprias opiniões, analisando as manifestações da imprensa, no mesmo ambiente de liberdade. Prova é a pesquisa Ibope veiculada por este Diário, onde a população de São Caetano se manifesta em relação ao gestor do instituto que promoveu a pesquisa, com apoio máximo de 2%, ostentando a maior rejeição política da cidade; de 20%. Por sinal, essa associação distribui porta a porta um jornal desrespeitoso com os cidadãos e seus líderes políticos, e nem vale a pena citar o seu nome. Agora recebe o reflexo das sementes de discórdia que espalha por nossa cidade. Ainda é tempo do arrependimento dessa associação, e de afrouxar esse ódio gratuito. Paz para todos! São Caetano merece as pessoas sérias que se preocupam de verdade com o interesse coletivo. O resto, só 2% lhes merecem atenção.
Ruben J. Moreira Giudici, São Caetano
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