O ginasta são-caetanense Arthur Zanetti poderá se transformar na madrugada de amanhã no primeiro atleta três vezes medalhista olímpico da história do esporte do Grande ABC. Ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016, ele disputará a final das argolas, aparelho no qual é especialista, a partir das 5h, após se classificar com a quinta melhor marca. Desta vez Zanetti não entra como favorito, posto este que é ocupado pelo grego Eleftherios Petrounias, que, inclusive, derrotou o brasileiro na Olimpíada há cinco anos. O chinês Liu Yang, o francês Samir Ait Said e o turco Ibrahim Colak também estão no páreo pelo pódio.

Com dez dias de preparação entre a classificatória e a final de hoje, Zanetti espera ter conseguido corrigir as falhas do primeiro dia de apresentação. “A gente sabe o que cometeu de erros. Vamos buscar a maior perfeição possível”, projetou Zanetti. “Vou fazer o meu melhor. Já tenho um ouro, uma prata, e quero uma terceira medalha, mas o resultado será consequência da apresentação no dia. O que vier é lucro e fruto de trabalho”, declarou.

Enquanto o ginasta estará em ação do outro lado do mundo, em São Bernardo seus pais Archimedes e Roseane estarão acompanhando atentamente pela televisão, enviando as melhores energias para o filho. Aliás, também com este intuito foi que o cenógrafo Adilson Vieira revitalizou um mural na rua onde vive a família de Zanetti, que havia sido pintado, inicialmente, em 2016, com a inclusão das medalhas de ouro e de prata, além do sol nascente, símbolo do país nipônico. “O objetivo é levar muita luz para o Arthur, luz radiante que possa se transformar em medalha. E dizer que estamos na torcida”, declarou o artista.