O trabalho elaborado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC para garantir a retomada econômica de seus filiados no período pós-pandemia evidencia a importância da instituição na articulação regional. Só a união de representantes das sete cidades permite identificar os gargalos comuns que atravancam o desenvolvimento do bloco, propor soluções integradas e buscar parceiros capazes de colaborar com a resolução dos problemas. Espera-se que a iniciativa ora apresentada por Acácio Miranda, secretário executivo da entidade, renda frutos. A região precisa de impulso para reaquecer a economia após quase dois anos paralisada pelos efeitos destrutivos do novo coronavírus.

Com participação efetiva da Agência de Desenvolvimento Econômico, um de seus braços, o Consórcio pretende buscar projetos e linhas de crédito para estimular negócios em pequenas, médias e grandes empresas da região. Fortalecer as cadeias produtivas locais, de modo que consigam competir pelo mercado com as companhias instaladas no Sudeste asiático, especialmente a China, é o propósito do grupo. Embora uma das metas seja a de descobrir maneiras de reativar o setor industrial, responsável maior pela riqueza regional desde os anos 1950, encontrar novas vocações para o Grande ABC também deveria fazer parte dos objetivos do grupo de trabalho. Fica, pois, a dica.

A notícia da articulação das prefeituras para impulsionar a economia no momento em que a pandemia dá sinais de arrefecimento, via Consórcio Intermunicipal, chega no dia seguinte à de outra informação extremamente relevante para a integração regional, qual seja, a de que Santo André está se reaproximando da FUABC (Fundação do ABC) para gerenciamento de suas unidades de saúde, evitando a desagregação de um dos orgulhos locais. Impossível, pois, não ficar otimista quanto ao futuro. Mãos à obra. Podem todos, sempre que o objetivo for o de fortalecer as sete cidades, contar com uma terceira instituição que, com inestimável orgulho, veste a camisa do Grande ABC: este Diário.