Unidade indicou que a moradora procurasse uma UPA; atendimento demorou quatro horas
Moradora do Jardim Represa, em São Bernardo, Michelle Santana, 26 anos, não conseguiu atendimento no PS (Pronto-Socorro) Central, após buscar ajuda no equipamento de saúde. A jovem foi ao local após se sentir indisposta e vomitar sangue, mas, ao chegar na unidade, foi informada de que o local só estaria atendendo pessoas acometidas com Covid-19. No equipamento, Michelle foi informada de que deveria buscar ajuda em alguma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na cidade e seguiu para uma unidade que fica no bairro Batistini.
O martírio da jovem, entretanto, não encerrou aí. Ao chegar na UPA do Batistini, por volta das 11h, ela aguardou cerca de quatro horas até receber atendimento. Durante todo o percurso, Michelle estava acompanhada da vizinha Kellia Veloso, 36, que testemunhou toda a situação.
“Primeiro chegamos lá no Pronto-Socorro Central e nos disseram que não iam conseguir atende-la. Disseram que o hospital está reservado para atender somente pacientes com Covid. Daí disseram que era melhor que nós procurássemos uma UPA, o que a gente fez”, relatou a vizinha. “Na UPA Michelle tomou apenas uma medicação”, relatou.
Em nota, a Prefeitura de São Bernardo declarou que Michelle foi admitida na UPA Batistini às 10h55, onde passou por atendimento. “Às 13h40, foi transferida para o Complexo Hospitalar Municipal para avaliação cirúrgica”, o que é negado pela acompanhante da paciente. De acordo com a administração, desde março o PS Central tornou-se equipamento de tratamento exclusivo de casos suspeitos ou confirmados de Covid.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.