O TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) determinou a volta ao trabalho dos funcionários da Paranapanema, empresa localizada em Santo André, a fim de facilitar as negociações sobre o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A decisão ocorreu ontem, após audiência realizada por videoconferência entre a fabricante de tubos de cobre e o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, na qual a empresa chegou a oferecer contrapartida para o benefício. A suspensão da paralisação, que ocorre há uma semana, deve ser votada em assembleia, assim como a nova proposta.

No encontro, a Paranapanema, que já tinha se comprometido com o pagamento de R$ 5.500 de PLR, afirmou que vai oferecer o valor adicional de R$ 500, sem proporcionalidade, podendo chegar ao teto de R$ 8.000, mediante o fluxo de caixa da empresa. Superado os R$ 85 milhões de caixa, a cada R$ 10 milhões adicionais, o montante de R$ 500 será acrescido. A proposta foi aprovada na unidade de Dias D’Ávila, na Bahia.

A entidade representante dos trabalhadores chegou a pedir 90 dias de estabilidade e não desconto dos dias parados, mas não houve acerto com a empresa. De acordo com o TRT-2, ficou designada nova audiência, marcada para amanhã, para a continuidade das negociações. O sindicato deve fazer assembleia logo depois da reunião.

A empresa possui 750 trabalhadores em Santo André. A paralisação já dura uma semana e teve início por causa do valor da PLR, já que os trabalhadores reivindicam R$ 7.000. Questionada sobre o assunto, a Paranapanema não se posicionou até o fechamento desta edição.