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Corintiano. Palmeirense. São-Paulino. Brasileiro. Memórias do preparador físico da Seleção

Hoje é o aniversário do professor de Educação Física Hélio José Maffia, membro do Memofut (Grupo Literatura e Memória do Futebol). Ele conheceu os meandros do futebol dos grandes clubes paulistas, preparando a Seleção Brasileira e sempre retornando feliz à sua Jundiaí

Ademir Medici
21/07/2021 | 07:00
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Na história da preparação física moderna brasileira, Hélio Maffia é um dos nomes principais. Ele participou diretamente da implantação da matéria nos grandes clubes de São Paulo.
Esta página Memória o ‘escalou’, em 2020, como preparador físico das várias equipes de historiadores do Memofut, que aqui ganharam páginas em cromos de figurinhas. Do Memofut, Maffia é o que esteve mais diretamente envolvido no mundo do futebol, dentro e fora dos gramados: nos treinamentos e nos jogos que o levaram para o Brasil inteiro e outros países.
Preparação física, a sua profissão. Mas Hélio Maffia foi também técnico de futebol, destacando-se no Corinthians e no Palmeiras – como assinalam dois fundamentais almanaques: o do Corinthians, de Celso Unzelte; e do Palmeiras (do Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti).
Hélio Maffia foi também supervisor de futebol no tempo da segunda Academia do Palmeiras e participou do projeto da Democracia Corintiana.

Aquele grandão de Santo André

Depoimento: Hélio Maffia

– Professor Hélio Maffia, qual o seu time do coração?
– Corintiano desde criança. Comecei no Paulista. Depois fui para o Palmeiras, e virei palmeirense. Mas o meu primeiro grande clube, depois do Paulista, foi o São Paulo. Fui do Guarani e da Seleção Brasileira e em todos os clubes fui campeão.

PADRINHO E BIÓGRAFO
Quem me levou para o Memofut foi o Gustavo. Ele é o meu padrinho no Memofut. E também o meu biógrafo, ao escrever o livro com a história da minha vida (Hélio Maffia à Sua Maneira, do professor Gustavo Longhi de Carvalho, Jundiaí, Editora In House, 2016, com prefácio de Max Gehringer).

O MEMOFUT

É uma das coisas boas da minha vida. O Memofut realiza um trabalho muito interessante. Lá estamos entre amigos. Contamos e ouvimos boas histórias de futebol. O futebol é revivido na sua essência, com suas histórias, com suas alegrias e tristezas. O verdadeiro futebol.

VIAGEM NO TEMPO
Se pudesse, voltaria aos tempos da Faculdade de Educação Física em São Carlos, no início da década de 1950. O namoro com minha mulher, ela que jogava basquetebol e eu voleibol.
– Sua mulher foi das primeiras a se formar em educação física?
– Não – responde a mulher, Eris – a nossa turma de meninas já era boa.

GRANDE ABC
Lembro os encontros de voleibol entre Jundiaí e Santo André pelos Jogos Abertos do Interior, antes, bem antes do grande time da Pirelli de Willian, Montanaro e companhia.
O Santo André tinha aquele jogador grandão, o Moreno (Antonio Carlos Moreno), um dos maiores que vi jogar, que defendeu a Seleção Brasileira até em Olimpíadas e Pan-Americanos. Santo André tinha uma grande equipe, ganhava da gente.

ÍDOLOS
- Professor Júlio Mazzei. Foi nosso professor de educação física em São Carlos. E depois fez muito sucesso preparando equipes como o Santos FC.
- Dudu, outro ídolo. Pelo futebol, simplicidade, amor ao Palmeiras, muita raça, completando aquela dupla inigualável com Ademir da Guia.
- Oswaldo Brandão, grande parceiro no Palmeiras e na Seleção Brasileira.
- Mário Travaglini, outro técnico com quem trabalhei em várias comissões técnicas.

EMOÇÕES
Muitas. A maior, ter sido campeão brasileiro com o Guarani (1978).

HOJE
Estou aposentado. Ao lado de Dalmo Gaspar, ex-zagueiro do Santos FC, fazíamos parte do ‘Solar do Barão’, com a preocupação de cuidar da memória esportiva de Jundiaí. Infelizmente, há muito o ‘Solar’ está desativado.
Posso dizer que o Memofut é o ‘Solar do Barão’ ampliado, extrapolando os limites de Jundiaí e alcançando – pelas histórias e pesquisas dos colegas – o futebol nacional e internacional.

De voleio
Nascimento – Jundiaí, 21 de julho de 1932
Filiação – Salvador Maffia e Tarsila Marchiori Maffia
Mulher – Eris Brocchi Maffia, com quem se formou em educação física na Faculdade de São Carlos
Filhos – Augusto César, casado com Silvia Toledo, de Piracicaba; e João Guilherme, casado com Julie.
Netas – Martina, Lorenza e as gêmeas Laura e Lorena.

CANTA ITÁLIA
Produção e apresentação: Marquitho Riotto
Edição 127
Hoje, às 20h
Rádio ABC, 1570
Reprise: sábado, às 23h
Homenagem desta audição: Décio Felício, veterano da Simca/Chrysler. Produção: Cezar Lívio.


Diário há meio século

Quarta-feira, 21 de julho de 1971 – ano 13, edição 1592
Santo André – Um boi na linha ferroviária, no trecho defronte à plataforma da estação, paralisa o tráfego de trens de passageiros e de carga.
Esportes – São Bernardo sagra-se campeão dos Jogos Regionais da Zona Sul, realizados em Itu.

Em 21 de julho de...

1676 – Fernão Dias Paes parte da então Vila de São Paulo, com seu filho Garcia Rodrigues Paes, para o descobrimento de ouro, esmeraldas e outras pedras preciosas.
Fonte: Efemérides, Estadão Acervo.
1901 – Repercute acidente entre Paranapiacaba e Raiz da Serra. No dia 19, um trem carregado de café e sal precipita-se até um dos patamares, matando o guarda Rosa Lourenço e ferindo outro guarda, Francisco Lourenço.

Santos do Dia

- Lourenço de Brindisi
- Praxedes

Municípios Brasileiros

- No Estado de São Paulo, hoje é o aniversário de Boa Esperança do Sul. Pela Lei estadual número 542, de 21 de julho de 1898, torna-se município, se emancipando de Araraquara.
-  Pelo Brasil: Brasileira (Piauí); Campo Limpo de Goiás, Gameleira de Goiás, Itarumã e Lagoa Santa (Goiás); Itapecuru Mirim (Maranhão); Nova Mamoré (Rondônia); e Pombal (Paraíba).
 




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