Como bem prega o ditado, não falta pai para filho bonito. E a passagem do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) pelo Grande ABC deixou vivo o dito na retina de quem acompanha a política regional. Políticos das mais diferentes vertentes divulgaram que foram autores do pedido de implantação de unidade do Bom Prato em Mauá. Outros asseguraram que partiu deles o debate para repasse de recursos do governo do Estado para concluir as obras do hospital em Ribeirão Pires. Em Mauá, sobraram vereadores, ex-parlamentares, deputados e até mesmo o ex-prefeito Atila Jacomussi (SD) se apresentando como patronos do pleito pelo restaurante popular estadual. Em solo ribeirão-pirense, além de vereadores e ex-parlamentares, o ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB) disparou vídeos de uma visita do governador João Doria (PSDB) na cidade, quando ele ainda era prefeito, se comprometendo a endereçar o aporte.
Multipartidário
Chamou atenção a reunião de políticos de diferentes partidos e matizes ideológicas na passagem do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) pela região. Além do anúncio de programas para o Grande ABC, os discursos caminharam no sentido de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O palanque reuniu os prefeitos de Santo André, Paulo Serra (PSDB), de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (Podemos), os deputados estaduais Luiz Fernando Teixeira (PT), Thiago Auricchio (PL) e Carla Morando (PSDB), além do secretário executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni (DEM).
Uníssono
Marangoni, pré-candidato a deputado federal, foi o primeiro a falar que ali era um palanque de resultados, de entregas, e não de quem fala da roupa dos outros, faz piada e incentiva o ódio. A referência foi a Bolsonaro, que apelidou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de calça apertada. Na sua vez de falar, Luiz Fernando destacou que o País vive um momento difícil pela pandemia e que a responsabilidade é do presidente da República. Rodrigo Garcia agradeceu a presença dos parlamentares e citou o fato de que PT e PSDB são adversários políticos, mas que querem o bem comum, e que escolheram o lado certo da história.
Voto declarado
Em Ribeirão Pires, Rodrigo Garcia encontrou um cenário completamente favorável. O prefeito Clóvis Volpi avisou que vai defender o governador João Doria (PSDB) como presidenciável e Rodrigo como candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Fez mea-culpa, lembrando ter sido crítico do governo do Estado quando chegou à Prefeitura, mas reconheceu que o trabalho da dupla tucana pela vacina contra a Covid-19 foi essencial para que o País pudesse vislumbrar saída da crise. “Que Ribeirão Pires se lembre de quem nos ajudou.”
Parceria à vista
Ex-prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB) compareceu à atividade em Ribeirão Pires, como representante da Uninove – o tucano foi convidado recentemente a dar aulas na instituição de ensino. Há possibilidade de parceria entre a Uninove e a Prefeitura de Ribeirão para a gestão do futuro hospital.
Distanciamento na sutileza
A deputada estadual Carla Morando (PSDB), mulher do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), nas duas vezes em que discursou na passagem de Rodrigo Garcia pela região não citou o nome do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Ela chegou a falar o nome do deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), com quem colecionou entreveros na Assembleia Legislativa. Paulo Serra, por outro lado, citou e agradeceu o empenho de Carla.
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