No Grande ABC, tucano tenta despistar, mas admite vontade em concorrer ao Estado
Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) disse que será uma “honra” disputar a eleição ao comando do Palácio dos Bandeirantes na eleição do ano que vem.
O tucano, que ontem esteve no Grande ABC (em agendas em Mauá e Ribeirão Pires), tergiversou quando confrontado com questões eleitorais, mas voltou a admitir desejo de concorrer ao governo paulista em 2022, deixando escapar somente a vontade em estar nas urnas como cabeça de chapa.
“Está muito cedo, vamos trabalhar muito até o ano que vem como vice-governador, ao lado do Doria, para entregar à população aquilo que ela precisa e no ano que vem vamos discutir sim, será uma honra disputar o governo de São Paulo”, comentou o tucano.
Rodrigo Garcia deixou o DEM e se filiou em maio no PSDB, com ficha abonada pelo ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas (morto no mesmo mês), para se cacifar dentro do tucanato para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Ele é o nome favorito do governador João Doria (PSDB), que já avisou desejo de disputar a Presidência da República – assim, terá de renunciar à função estadual até abril, deixando a cadeira para Rodrigo.
O principal fio desencapado no PSDB é a participação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) no pleito. Responsável pelo impulso político de Doria dentro do partido, em 2016 (quando Doria concorreu, e venceu, a corrida pela prefeitura da Capital), o ex-chefe do Bandeirantes rompeu com o afilhado político em 2018 e, nos bastidores, avisou que não quer caminhar na rota desenhada por Doria – ou seja, busca estar distante de Rodrigo Garcia ao Estado.
Outros rivais de Doria tentam convencer Alckmin a deixar o PSDB e unir forças para derrotar Rodrigo nas urnas. Há debate em curso com o ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), desafetos do atual governador. Alckmin, entretanto, demonstra resistência em deixar a legenda e aposta na possibilidade de vencer Rodrigo ainda nas prévias do PSDB.
Na semana passada, ao Diário, o deputado estadual Caio França (PSB), filho de Márcio França, admitiu diálogo com Alckmin e sugeriu ao ex-governador – com quem seu pai fez dobrada vitoriosa em 2014 – que saia do tucanato para concorrer novamente ao Bandeirantes. Nos bastidores, o que se comenta é que, se Alckmin de fato sair do PSDB, o PSD é o rumo mais provável.
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