Política Titulo Aval da cúpula
Estadual do PSB faz aceno e abre comando a aliados de Eduardo Leite

Fabrício França entra como presidente da executiva em Sto.André

Fabio Martins
28/06/2021 | 07:22
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Claudinei Plaza/ DGABC


A cúpula do diretório estadual do PSB, na figura do ex-governador Márcio França, irá abonar nominata da direção do partido a aliados do vereador Eduardo Leite (PT), de Santo André, em aceno para abrigar filiação futura do petista, em litígio com a atual legenda. Ex-assessor do parlamentar e militante de longa data no petismo, Fabrício França irá entrar nas fileiras socialistas na condição de presidente da nova comissão provisória, sem comando desde a saída do ex-prefeiturável Ailton Lima, que deixou a rédea partidária ao solicitar a sua desfiliação, em maio.

A batida de martelo para selar o acordo deve ocorrer na quarta-feira, em solo andreense, entre dirigentes paulistas e integrantes da formação que vai compor o PSB local. Apesar do sobrenome, Fabrício, 43 anos, não tem parentesco com o mandatário paulista. Aliás, ele tem histórico político exclusivamente com o PT. Filiado desde a juventude, ele foi secretário adjunto de Paranapiacaba no governo Carlos Grana (PT), e chegou a concorrer por duas vezes a uma vaga de vereador na cidade (2012 e 2016).

A nominata acertada, além de Fabrício, tende a contar com Kleber Paiva, Márcia Garcia, Jairo Guimarães e Yara Sanches, todos ligados ao PT. Os nomes são considerados do grupo político de Eduardo, filiado à sigla há quase 30 anos.

Em tom de cautela, Fabrício confirmou a movimentação, mas frisou que o grupo tem caminhada própria. “Fui candidato a vereador, a Márcia também. Paiva foi da executiva do PT. As divergências (internas) que aconteceram (no partido) nos deixaram desanimados quanto a futuro político, ficamos sem espaço. Queremos construir bom projeto político”, disse ele, ao apontar que o ingresso de figuras como do governador do Maranhão, Flávio Dino (ex-PCdoB), e do deputado federal Marcelo Freixo (ex-Psol) no PSB “ajuda” no processo. “Não estamos mudando de lado. A vinda destas pessoas traz expectativa que o PSB possa ser condutor da construção de frente para 2022.” Indagado sobre eventual filiação do vereador, Fabrício afirmou que seria “um prazer contar com Eduardo no projeto devido a sinergia”, porém, ponderou: “Mas neste momento o que há de concreto é que nós temos liberdade para tomar essa decisão, e ele está em processo litigioso”.

O parlamentar é cotado a ingressar na disputa eleitoral majoritária na sucessão de Paulo Serra (PSDB), em 2024. No terceiro mandato consecutivo, Eduardo, por enquanto, permanece no PT. Ele vai aguardar possível autorização da Justiça para desligamento do partido visando evitar risco de perder cargo eletivo. O vereador impetrou ação judicial no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) requerendo desfiliação da legenda, sob alegação de perseguição política e grave discriminação pessoal. 




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