Cento e noventa e três moradores do Grande ABC perderam a batalha contra a Covid-19 nos últimos sete dias. O número, ainda lamentavelmente muito alto, significa, todavia, desaceleração importante no índice de óbitos provocados pelo novo coronavírus nas sete cidades. Fazia quase quatro meses, desde o início de março, que a região não registrava estatísticas abaixo de 200 mortes por semana. O momento, porém, não é de celebração. Pelo contrário. Até que todos estejam imunizados, a população precisa manter a fidelidade aos protocolos sanitários, para que os casos não voltem a subir, causando a temida terceira onda.
Os números das pessoas vacinadas nas sete cidades crescem diariamente, fazendo com que se vislumbre um ambiente menos favorável à proliferação do coronavírus. Graças aos programas de imunização, que, na média, têm funcionado com razoável eficiência no Grande ABC, o agente causador da Covid-19 deve encontrar mais barreiras pela frente. Mas a expectativa otimista não deve ser utilizada para justificar afrontas às medidas de proteção.
As constantes antecipações das faixas etárias para recebimento das doses faz aflorar a confiança de que a vitória contra o inimigo invisível se aproxima. Ao menos três cidades do Grande ABC – Santo André, São Caetano e Diadema – já trabalham com a vacina produzida pelo laboratório belga Janssen, ligado à farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson. Aplicado em dose única, o medicamento possui eficácia comprovada e tem a vantagem extra de acelerar o processo de imunização da comunidade.
Até que o capítulo final não chegue, todavia, nenhuma notícia positiva sobre a redução de mortes ou o aumento de pessoas vacinadas deve servir para o afrouxamento dos cuidados. O coronavírus segue ceifando vidas, com índices cada vez mais acentuados de disseminação e letalidade, frutos das mutações genéticas sofridas pelo micro-organismo. Por ora, o melhor que os indivíduos podem fazer para ajudar na tarefa é ficar de olho no calendário de imunização e manter a prudência e também a cautela.
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