Os grupos que organizam o "Acampamento-Encontro Internacional por Justiça, Solidariedade e Liberdade", contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e os transgênicos, encontram-se reunidos desde o dia 5 em Vallegrande e em La Higuera. O encontro, que termina nesta quarta-feira, visa analisar o pensamento de Che Guevara e as culturas andino-amazônicas e refletir sobre a soberania dos povos frente às empresas transnacionais. Estão previstas ainda marchas, concentrações e apresentações artísticas.
Che, como era chamado pelos amigos, atuounem vários países latino-americanos. Na Guatemala, para onde foi em 1953, já médico, colaborou no governo democrático e reformista de Jacobo Arbenz, que afetou interesses norte-americanos e foi derrubado por um golpe elaborado pela CIA (inteligência dos EUA).
Exilado no México em 1955, Guevara conheceu um grupo de cubanos que tentara derrubar o ditador Fulgencio Batista, aliado dos EUA. Foi então que ganhou o apelido Che, participando dos planos revolucionários dos irmãos Fidel e Raúl Castro.
O líder esteve no Brasil em 1961, quando foi condecorado pelo então presidente Jânio Quadros. Em 1965, saiu de Cuba para participar de guerrilhas de esquerda na África e na América Latina. Em novembro de 1966 chegou a La Paz (capital boliviana) com o nome de Adolfo Mena González e passaporte uruguaio. Acabou sendo morto no país, em 1967.
Mais tarde, investigações mostraram que houve participação ativa da CIA e de militares americanos na caça a Guevara. Seus restos mortais só foram encontrados em 1997, em uma vala comum.
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