Secretário de Esportes recorre à FPF e sugere participação conjunta de Tigre e Cachorrão
Com o acesso do São Bernardo FC à Série A-1 do Campeonato Paulista, o Estádio 1º de Maio precisará passar por algumas intervenções para atender às exigências da FPF (Federação Paulista de Futebol), sobretudo no que diz respeito ao gramado e algumas instalações, como cabines e camarotes, situações que favorecem também o EC São Bernardo, recém-rebaixado para a Série A-3. Atualmente as equipes dividem os cuidados com a praça esportiva, mas o secretário de Esportes da cidade, Alex Mognon, revelou que a Prefeitura já iniciou conversas para que o espaço possa, enfim, ser privatizado.
“Recentemente recebemos a visita do presidente da Federação (Paulista de Futebol), o Reinaldo (Carneiro Bastos). Estamos em conversa avançada vendo se a Federação não ajuda a Prefeitura a buscar interessado em ficar com a concessão do estádio”, afirmou o secretário. “Buscamos a Federação para ver se tem um mecanismo para ajudar. Qual o foco? O prefeito Orlando (Morando-PSDB) tem total interesse em transferir a gestão a uma empresa especializada, que tenha como atividade-fim o futebol, e a Prefeitura fica desobrigada com esses gastos. Temos gastos de R$ 40 mil a R$ 50 mil por mês”, emendou Alex Mognon.
O chefe da pasta esportiva ainda indicou outra possibilidade, com gestão compartilhada por Tigre e Cachorrão. “Temos duas equipes na cidade. Juntas têm totais condições de custear as despesas. Por que não um acordo com a Federação intermediando? Seria o melhor dos mundos. Um equipamento desses sendo utilizado pelos times da cidade e até de outros municípios. O Água Santa tem jogado no 1º de Maio direto”, declarou Mognon, lembrando as recentes partidas que o Netuno fez no estádio são-bernardense em razão de falta de iluminação artificial e estrutura para o VAR (árbitro de vídeo) no Inamar, em Diadema.
Não é de hoje, porém, que a Prefeitura busca empresa para assumir o 1º de Maio, que até 2019 esteve sob responsabilidade do São Bernardo FC, que, em contrapartida, tocava o Projeto Tigrinho (social). Porém, segundo Mognon, a administração pública foi questionada pelo Ministério Público sobre o fato de o Paço arcar com os custos de energia elétrica, água, gás e outros para uso exclusivo de uma equipe.
“É injusto a Prefeitura despender valor para uma empresa privada. O Ministério Público nos questionou muito, fez diligência”, contou. “Estávamos com abacaxi na mão. Não tínhamos expertise para cuidar como se deve do 1º de Maio. Precisava de empresa especializada para isso. A exigência atual é maior. O prefeito decidiu que o equipamento é bom para quem tem know how (administrar). Decidimos pela concessão. Era algo complexo. Fizemos chamamento do espaço a quem tivesse interesse. Poderia explorar comercialmente não só para fins esportivos, mas para shows, montar academia, restaurante. Parte da receita iria ser paga para a Prefeitura. Tivemos demanda, três empresas consultaram. Mas ninguém apresentou proposta de fato, oficial. Só estudos preliminares. Republicamos em um segundo momento, e se deu por deserto”, recordou Mognon.
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