Cultura & Lazer Titulo Dia-a-Dia Revista
Harmonização em três cores

Pintura das paredes interfere nas emoções das pessoas no ambiente corporativo e residencial

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
06/06/2021 | 12:48
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Claudinei Plaza/ DGABC


O efeito das cores em um ambiente corporativo – e também residencial – vai além da simples pintura da parede. A junção dos tons interfere nos sentimentos e sensações das pessoas que interagem no espaço, deixando-o mais leve e confortável para uma reunião ou bate-papo.

A arquiteta Rose Chaves avalia que a tendência de cores para 2021 remete muito à neuroarquitetura, ou seja, como o ambiente físico impacta a rotina das pessoas. Ela destaca as chamadas cores naturais. O azul, por exemplo, remete ao Céu, e o laranja, ao pôr do Sol.

“Na pandemia, muitas pessoas estão voltando a trabalhar presencialmente. Elas acabam valorizando ainda mais sua casa, onde passaram muito tempo (em home office) nos últimos meses. Então, hoje, um ambiente corporativo deve ser aconchegante e confortável e as cores ajudam”, aponta a arquiteta.


Foto: Claudinei Paza/ DGABC

Rose, que atua na reforma do lounge do estúdio da TV do Diário, iniciou o processo justamente pela definição dos tons. “Escolhemos cores harmônicas que conversam entre si. O azul e o bege mais claro e o laranja, dando um maior contraste, dando mais vida ao espaço”, que será usado para reuniões, rodadas de negócio e até lives.

Em paralelo a escolha das cores, Rose utilizou a pintura em formato geométrico, intercalando os tons e proporcionando uma nova identidade. Essa mistura de cores e formas, segundo a arquiteta, também pode ser levada para ambientes de casas e apartamentos, inclusive optando por outras tonalidades. Ela também aconselha o uso de uma cor mais escura para esconder algo que já está na parede, como exemplo, uma caixa de energia.

O projeto de Rose é complementado por obras do artista visual Luiz Prieto, de São Caetano. São duas peças. “Primeiro foi necessário entender o objetivo do espaço e entender a composição de cores. Dentre as obras que eu já tinha no meu estúdio, selecionamos as duas que mais combinariam com o local reformado”, destaca Prieto. Uma delas, chamada de Os Pássaros de Mariana. Tem tons em laranjas, azul e branco, foi produzida em 2015, na época do rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, no dia 5 de novembro.


Foto: Claudinei Plaza/ DGABC

O outro quadro é de 2019 e segue a linha da obra maior. Porém, de forma neutra, e foi colocada uma de frente para outra. “Elas acabam conversando entre si e a arte que proporciona isso. Fazer o espaço respirar arquitetura e arte com essa integração”, finaliza Luiz.

Na próxima edição da Dia-a-Dia Revista, o assunto será a importância dos móveis em ambientes corporativos e residenciais.




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