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Histórias

A medalha de Amaury Pasos O avô marceneiro A festa do Mizuho

Por Ademir Medici
02/06/2021 | 07:00
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São histórias contadas por protagonistas. O tom é de saudades, nostalgia.
Lembranças que afloram. A memória que emociona

“Tem gente dizendo que a pandemia é prenúncio do fim do mundo, eu não acredito. Para mim é um toque que Deus está dando para as pessoas que sobreviverem serem mais solidárias. Quando vemos histórias como essa, da polenta solidária (Memória, 26 de maio), se percebe que ainda tem muita gente boa neste mundo. Deus só destruiu Sodoma e Gomorra porque não havia, entre eles, ninguém que praticasse a caridade. As pessoas solidárias salvarão o mundo.”
Geraldo Nunes, jornalista.
 

Um dos assuntos que dominaram a troca de mensagens, semana passada, entre os integrantes do Memofut (Grupo Literatura e memória do Futebol), foi o gesto de Claudia. A filha do grande cestobolista Amaury Pasos cunhou a réplica de uma medalha olímpica obtida pelo pai. A original foi roubada do acervo particular da família.
Entre as várias mensagens trocadas no Memofut, Memória separa uma, em nome de todas as demais.

Glórias do esporte brasileiro
Texto: Sérgio Paz

Wlamir foi, ao lado de Amaury, um fenômeno.
Infelizmente, eu só os vi jogando juntos pela TV.
Mas tive o privilégio de ‘bater bola’ com o Wlamir quando, em 1975, fui seu aluno de educação física no Colégio São Luís.
Aos 38 anos, ele ainda estava em plena forma, embora já afastado das quadras.
Meio encabulado, de vez em quando ele se dispunha a se exibir para nós, seus alunos.
Além das cestas de ‘chuá’, ele ficava bem embaixo da cesta, e arremessava a bola, girando com efeito, na rede da cesta, na direção da quadra.
A bola se enrolava na rede, subia, dava a volta no aro, e caía de volta na cesta. Incrível! Parecia mágica!
Há alguns anos, encontrei-o no ginásio do Paulistano, após um jogo que ele comentou pela ESPN. Fiquei emocionado por ele ter me reconhecido e lembrado do meu nome, 40 anos depois de me ter visto pela última vez.

Aquelas mãos habilidosas
Texto: Mário Ricardo Medice

No colo dele seu primeiro neto homem, e segundo de um total de 11 que nasceram (meninos e meninas).
Marceneiro de mão cheia, com a fábrica atrás da sua casa, tava ali o parquinho perfeito para o menino do colo. 
O carrinho de rolemã dado de presente, foi feito com as habilidosas mãos, todo em madeira, foi calculado milimetricamente para ser o mais forte da rua, e pasmem, nunca quebrou. Podia até não ganhar na velocidade, mas no campeonato era o de maior número de corridas completadas (está aí uma lição para quem quiser ver). 
Grandão, uns 2 metros de altura (para o menino do colo sensação de 8 metros), blusa de lã marrom, calça de pregas e um sapato preto que caberiam uns dez pés do menino do colo. O homem era grande. 
Dia 25 de maio ele faria 100 anos de idade, mas ele se foi faz um tempo... conta da partida? O menino do colo não faz. 
O menino do colo teve sorte, conviveu um tempão com ele, essa conta sim é a que vale, tempo suficiente para lembrar muitas histórias, infância inteira lá no quintal de ladrilhos vermelhos, pé de limão, pé de orvalho (tem gente que nem imagina o que seria isso), volta do Senai e a paradinha diária na casa dele, quase em frente ao ponto de ônibus, muitas lembranças com certeza. 
O menino do colo teve a honra ainda de levar o nome dele, sorte e honra. 
Vô Mario, feliz aniversário. Te amo.

A festa do japonês
Texto: Hilda Breda

Fui em muitas festas Undokai (no Mizuho, bairro Cooperativa, em São Bernardo). Fazíamos piquenique entre as árvores que ficavam no entorno da praça redonda. No centro da praça aconteciam as gincanas e brincadeiras. E num espaço lateral, tinha um salão onde havia bailes e shows de músicas e danças típicas japonesas. Era o máximo de diversão que acontecia nesta festa.
Eu curtia muito.

Diário há meio século

Quarta-feira, 2 de junho de 1971 – ano 13, edição 1551

Manchete – Pedágio na Via Anchieta cria primeiros problemas
Vários motoristas não tinham dinheiro suficiente para o pagamento da taxa.
São Caetano – Deputado Walter Braido solicita à CTBC (Companhia Telefônica da Borda do Campo) a implantação da ligação telefônica direta da Capital para o ABC.
Beleza – Jussara Rocha eleita miss Ribeirão Pires; Elza Cardoso da Silva, miss Mauá; Berenice de Caprio, Rio Grande da Serra. As três disputarão o miss Grande ABC.
Nota – Jussara Rocha é a Jussara Freire, grande atriz brasileira que Ribeirão Pires revelou.
Futebol – Santo André FC demite Agenor Gomes, o técnico Manga. Roberto Bonora, o Pica-Pau, é contratado.

Em 2 de junho de...

1901 – Anúncio do Estadão. Vende-se chácara com boa casa de moradia na Estação São Bernardo, com seis alqueires de terra de primeira qualidade, pomar, plantação de uva, vacas de leite, cavalos e carro para passeio. Informações com o Sr. Francisco Amaro, dono de uma fundição no bairro do Brás, em São Paulo.
Nota – Em 1901, o nome Santo André estava esquecido. A atual Estação Santo André (hoje denominada Prefeito Celso Daniel), naquele tempo se chamava Estação São Bernardo.
1991 – Prefeitura de Diadema inaugura a pavimentação e iluminação da Avenida Rotary, no bairro Serraria.

Municípios Brasileiros

- Celebram aniversários em 2 de junho: Guarantã do Norte (Mato Grosso), Resende Costa (Minas Gerais); e Tomazina (Paraná).

Hoje

- Festa Nacional da República Italiana. A data marca o referendo da República realizado no País, depois de mais de 80 anos de regime monárquico e 20 de fascismo.

Santos do Dia

- Marcelino e Pedro. Decapitado em Roma no ano 304.
-Erasmo n Blandina




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