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Um a cada cinco moradores do Grande ABC já recebeu vacina

Cidades completam quatro meses de imunização contra Covid com 20,4% da população com ao menos a primeira dose

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
19/05/2021 | 00:09
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André Henriques/DGABC


O Grande ABC completa hoje quatro meses de campanha da vacinação contra a Covid com 20,4% dos 2.807.712 habitantes vacinados com a primeira dose, ou seja, de cada cinco moradores da região, um já iniciou a imunização.

Os dados regionais superam a taxa do Brasil, que aplicou até ontem 39.897.840 primeiras doses, equivalentes a 18,8% dos 211,8 milhões de habitantes, e 19.711.628 segundas doses (9,3%). Com relação ao Estado, a região está em desvantagem, já que São Paulo aplicou 9.880.710 primeiras doses (21,3% da população) e 5.130.856 segundas doses (11%).

Infectologista e diretor do Hospital Santa Ana, em São Caetano, Paulo Rezende destaca que o número de 20,4% representa avanço para o Grande ABC. “A região está bem evoluída se levarmos em conta que a cobertura vacinal agora está acima dos 60 anos, e temos cidades com alta população idosa”, explicou o especialista, que ressaltou que só com a vacinação completa é possível controlar a pandemia e, enquanto isso não acontece, a população deve evitar ao máximo as aglomerações. “A transmissão do vírus só diminui quando há distanciamento. Ainda morre muita gente (de Covid)”, frisou, destacando a importância da aplicação das duas doses dos imunizantes, independentemente do laboratório.

Rezende diz que seria importante as cidades realizarem exames de sorologia em massa, no intuito de levantar quantas pessoas já tiveram contato com o vírus e, destas, qual o percentual que desenvolveu imunidade. “(A imunização por vacina e a criação de anticorpos por contágio) São dados isolados que, somados, podem aumentar essa taxa de proteção, chegando, talvez, perto da imunização de rebanho (entre 60% e 70% de toda a população imunizada)”, explicou o infectologista.

Já na avaliação do diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri, vacinar 20,4% da população ainda é um número “muito pequeno”. “Esse valor contempla a população acima dos 60 anos e algumas pessoas com comorbidades, e estamos ainda caminhando para vacinar os trabalhadores de serviços essenciais, que representa um terço da população”, explicou Kfouri.

O diretor da SBIm disse que, neste momento, não há objetivo de controle de transmissão. “Por enquanto, o objetivo do programa de vacinação é imunizar as frentes de trabalho e prevenir mortes e hospitalização. As medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e distanciamento, ainda são a vacina da população. Estamos longe de controlar a doença com a vacinação”, lamentou o especialista.

CAMPANHA
Atualmente as cidades do Grande ABC estão aplicando a primeira dose em grávidas e puérperas com comorbidades acima dos 18 anos, pessoas com deficiência de 50 a 59 e moradores que possuem comorbidades também de 50 a 59 anos. Portadores de síndrome de Down e pessoas transplantadas também podem garantir os imunizantes. Santo André, São Bernardo e São Caetano exigem agendamento nos sites das prefeituras.  




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