Desde a década de 1990 se fala em cidades inteligentes, mas no Brasil recentemente gestores públicos começaram a entender as vantagens de usar a tecnologia e a interconectividade para gerir recursos e pessoas para a construção de futuro mais autossustentável. Isso ganha especial relevância pelo crescimento populacional projetado em 8,6 bilhões de pessoas em 2030, segundo o The World Population Prospects. No Brasil, a população urbana já atinge a casa de 86,53%, colocando o País entre as maiores taxas de urbanização da América Latina e do mundo.
O conceito pressupõe aplicar a tecnologia para tornar a vida dos cidadãos melhor mirando serviços públicos de qualidade nas áreas de saúde, educação, energia, meio ambiente, segurança, saneamento e mobilidade. Por exemplo, monitorar o consumo de energia, evitando picos e até impedir apagão da rede elétrica.
Na segurança, vigilância por câmeras que previnem crimes. Na mobilidade, com o controle inteligente de semáforos e de luzes de iluminação de vias conforme o fluxo de automóveis. No meio ambiente, monitoramento com sensores pode identificar e prevenir desastres naturais, incêndios, nível do mar, qualidade do ar e poluição sonora. Significa usar a tecnologia para integrar inteligência humana e artificial para que as cidades se tornem inteligentes. Para viabilizar isso, já existem sistemas ao redor do mundo que combinam coleta de dados de satélites e algoritmos usando supercomputador para a análise de dados.
Para ficar mais fácil de visualizar, a prefeitura de Roma, na Itália, vai implementar este ano no Parque Castel Fusano, nos arredores da cidade, projeto abrangendo área de 1.000 hectares que passará a ser controlada remotamente para melhorar a segurança, proteger contra invasões e prevenir incêndios. Combinando satélites, drones, sensores videoacústicos para coleta de dados, inteligência artificial e 5G, o sistema fará o controle de carros não autorizados 24 horas por dia, evitando invasões e até descarte ilegal de lixo.
Porém, a aplicação das tecnologias de monitoramento pode ser usada em várias outras frentes. No Brasil, a prefeitura de Maricá, no Rio de Janeiro, está avançando com soluções tecnológicas que incluem criar um dos maiores e mais modernos teleportos da América Latina, escola para a formação de técnicos em manutenção de aeronaves.
Esses são exemplos reais do quanto a tecnologia em prol das cidades inteligentes já está presente e disponível, trazendo incontáveis benefícios, mesmo que ainda seja invisível para os cidadãos.
Francesco Moliterni é presidente da empresa Leonardo do Brasil.
PALAVRA DO LEITOR
Diário, 63 anos – 1
Queremos expressar nosso carinho, respeito e gratidão pela belíssima trajetória com as histórias do dia a dia do nosso querido Grande ABC. São 63 anos bem vividos e bem contados. Parabéns, Diário! Somos leitores gratos e mui bem informados.
Wilma Maria de Moraes e Erasmo Assumpção Filho, São Bernardo
Diário, 63 anos – 2
Este Diário deu cara e voz aos milhares de trabalhadores que ousaram resistir à ditadura civil militar. Os grandes movimentos grevistas da década de 1980 tiveram grande cobertura e, logo de manhã, não se encontrava um único exemplar do Diário nas bancas para comprar. Nesses acontecimentos históricos passaram pelo Diário brilhantes profissionais e que deixaram saudades. Quem não se lembra de Roberto Baraldi, Marli Olmos, Vitor Nuzzi e outros com caneta e bloquinho na mão no meio da multidão? Isso sem falar de Aleksandar Jovanovic com suas preciosas análises. Obrigado, Diário. Fomos e somos resistência.
Cido Faria
Santo André
Sem certezas
Logo após o ministro da Ciência e Tecnologia de Bolsonaro anunciar o desenvolvimento de vacina nacional – versamune –, o chefe do planalto fez corte no orçamento da pasta e o ministro Marcos Pontes declarou: ‘Pesquisa não é coisa que você pode ligar e desligar a chave assim’. Temos a CPI da Covid, mas todos nós sabemos que não vai dar em nada, pois crimes de negação à ciência, negação em negociar e comprar vacinas quando o mercado mundial estava ofertando, negação em colocar médico para gerir o Ministério da Saúde e a crise, enfim, negacionismo é a palavra que define este desgoverno. Qual será a novidade que a CPI irá nos trazer? A única certeza é que cada dia que passa mais pessoas são infectadas, mais pessoas morrem e a vacinação caminha a passos lentos, igual a este presidente, que de competente e humano não tem nada.
Thiago Scarabelli Sangregorio
São Bernardo
Honesto
Sergio Moro é um dos raros brasileiros probos perseguidos pelos seus algozes disfarçados de aplicadores das leis da mais alta corte de Justiça no objetivo único de absolverem seus apaniguados, corruptos vorazes e poderosos já condenados em primeira e segunda instâncias por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ao ex-juiz Sergio Moro, expendo as seguintes considerações, dizendo-lhe: Há homens que valem pela posição que ocupam, outros – bem raros, aliás, num País que é deserto de homens honrados e de ideias – que dignificam e ilustram, com o seu valor pessoal, os postos a que servem. Aqueles passam pelo cenário da vida pública como meteoros de trajetória efêmera e desaparecem sem deixar vestígio; estes, muito ao contrário, se perpetuam e se destacam no meio em que atuam, centralizando atenções e irradiando luz, como astros de primeira grandeza dentro de órbita precisa e imutável.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo
Pesquisa
Pesquisa Datafolha dá esperança ao Brasil (Política, dia 13). Fora, Bolsonaro. Volta Lula!
Juvenal Avelino Suzélido
Jundiaí (SP)
Fundo do poço
Hoje em dia, em rodas de pessoas que desejam Nação melhor, a pergunta é a seguinte: quantas passeatas terão de ser feitas ou organizadas para que o governo tome postura em qual tipo de gestão se enquadra o Brasil, para que este País cresça e prospere? Porque, no sistema atual, com tantas imunidades parlamentares, injustiças sociais, violências, conchavos, impunidade, corrupções etc, estamos caminhando para o fundo do poço, sem retorno. Deus, sim, é acima de tudo. Mas dos seres humanos, e principalmente do Brasil, o mundo também espera, reza e torce para que surjam novos chefes de governo, e políticos em geral, com honestidade, caráter e dignidade, para que possamos, um dia, viver em Brasil e mundo melhores.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá
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