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Em Diadema, projeto gera atrito no petismo
Por Raphael Rocha
06/05/2021 | 00:01
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Projeto de lei de autoria da mesa diretora da Câmara de Diadema incendiou os bastidores da política da cidade. A proposta foi protocolada no dia 28 de abril, às vésperas de vencer a licença pedida pela vereadora Lilian Cabrera (PT), que segue internada para tratar da Covid-19. Pelo regimento interno, se um parlamentar se ausentar por 15 dias, por qualquer motivo, o suplente imediato é convocado. No caso de Lilian, quem teria de ser chamado seria Antônio Rodrigues (PT). Personagem de longo histórico na política diademense, Rodrigues é conhecido por falar o que pensa, sem papas na língua. No meio dos anos 1990, rompeu com o hoje prefeito José de Filippi Júnior (PT), saiu do petismo atirando. Muita gente dentro do partido tinha receio que Rodrigues assumisse essa cadeira no momento em que o governo Filippi ainda engrena. E o projeto só reforçou a tese de quem achava que havia movimento para impedir a posse de Rodrigues. Pelo texto, o vereador pode pedir licença por até 120 dias (quatro meses). Como a proposta ainda tramita, a casa foi obrigada a convocar Rodrigues.

BASTIDORES

Reclamação
Antônio Rodrigues (PT) não escondeu o descontentamento com os colegas na Câmara de Diadema. “Acho que foi casuísmo puro”, disparou. “Essa lei orgânica foi confeccionada quando eu era da mesa. Cansei de viajar com o (ex-presidente) João Paulo (Oliveira, PT) para conhecer os regimentos de outras cidades, todos falam em 15 dias de afastamento (para se convocar o suplente). Fui cobrar o Orlando (Vitoriano, PT, líder do governo na Câmara), o Zé Antônio (líder da bancada do PT), o Josa (Queiroz, presidente do Legislativo). Cada um falava uma coisa diferente. Ouvi muitos culpados, até mesmo o Dheison (Renan, secretário de Governo).”

Secretário complicado
Antes de assumir a cadeira na Câmara de Diadema, Antônio Rodrigues atuou como servidor na Secretaria de Transportes, comandada por José Evaldo Gonçalo. Ele ficou por lá cerca de dois meses, até pedir para ser transferido. “Falar que esse rapaz é complicado é até covardia. Complicado sou eu e você. O que ele faz por lá é brincadeira. Eu sou um cara que tem entendimento de transporte coletivo, trabalhei com isso na prefeitura de São Paulo. Graças a Deus eu pedi para sair. E não à toa outras pessoas pediram também. Até gente que ele trouxe para ser braço direito.”

Visita
Líder do governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), o vereador Professor Jobert Minhoca (PSDB) esteve com a deputada federal e líder nacional do Podemos, Renata Abreu. Minhoca segue em conversas com parlamentares federais, segundo ele, em busca de emendas para a cidade.

Mudanças à vista
Em São Caetano, o prefeito Tite Campanella (Cidadania) pensa em reformulação no secretariado que herdou de José Auricchio Júnior (PSDB). Dois nomes já deixaram o primeiro escalação e outras figuras devem ser substituídas.

Homenagem
O prefeito de São Caetano, Tite Campanella (Cidadania), publicou decreto no qual denomina a escola municipal localizada na antiga Praça Tortorello, na Avenida Goiás, como Emeief Cleide Rosa Auricchio, em homenagem a José Auricchio Júnior (PSDB), prefeito por três mandatos e que aguarda posicionamento definitivo da Justiça Eleitoral se partirá para o quarto.

Elogio até de petista
Durante sessão na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Teonilio Barba (PT), de São Bernardo, informou que foi vacinado contra a Covid-19. E elogiou a rapidez do processo de imunização conduzido pela equipe do governo Orlando Morando (PSDB). “Levei dez minutos”, disse o petista, que, na sequência, parabenizou os servidores da área da saúde. Barba tem 62 anos, idade atual do calendário de vacinação em São Bernardo.

Presencial
As últimas câmaras da região que organizavam sessões on-line começaram a ter os trabalhos de forma presencial ou anunciaram a vontade de retomar a atuação in loco. Em Mauá, a plenária já aconteceu na sede legislativa. Em São Caetano, vereadores cogitam voltar presencialmente na terça-feira. 




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