Política Titulo Editorial
Combustível da discórdia
Por Do Diário do Grande ABC
19/04/2021 | 23:59
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É fácil constatar o descontentamento dos consumidores com o preço dos combustíveis. No Grande ABC, por exemplo, o valor do litro de gasolina teve alta de 21% desde os primeiros dias do ano até hoje. Na média, o aumento foi de R$ 0,91. Se em janeiro custava R$ 4,31, agora é encontrada por R$ 5,22. Outros produtos também subiram, como o diesel, que foi de R$ 3,75 para R$ 4,30.

As diferenças são exorbitantes e impactam diretamente no bolso de quem tem e de quem não tem carro, pois o custo do transporte acaba sendo repassado e, de uma forma ou de outra, a conta chega no bolso de toda a população.

Mas os consumidores não são os únicos a reclamar. Os donos de postos também não encontram razão alguma para festejar os valores. Isso porque os generosos dígitos nas placas informativas e nas bombas acabam afastando os motoristas. Some-se a isso a existência da pandemia de Covid-19, devido à qual muitas pessoas passaram a trabalhar de casa e o movimento nas ruas é menor. E, como consequência, as vendas também sofrem baixa.

Representante do setor afirma que hoje os comerciantes trabalham com volume que varia de 60% a 70% em seus tanques.

Até o presidente da República ficou incomodado com a situação. E, para tentar controlar o problema e não perder pontos com a classe dos transportadores, que integram sua base de apoio, optou por trocar a presidência da Petrobras. Saiu Roberto Castello Branco e o general Joaquim Silva e Luna foi escolhido para a função.

Ontem, quando tomou posse, o militar falou em estabelecer “ponto de equilíbrio entre a ousadia e a prudência”. E que chegará “ouvindo mais e falando menos”. Frases que indicam prudência ou uma sinalização de que pouca coisa poderá fazer neste sentido, pois os valores cobrados resultam de equação que une os preços cobrados pelo petróleo no Exterior e os impostos federais e estaduais.  




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