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McLaren estuda dupla de pilotos para 2004
Flavio Gomes
De Hockenheim para o Diário
01/08/2003 | 00:07
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Ao contrário do que fez nos últimos anos, a McLaren não deve anunciar em Hockenheim sua dupla de pilotos para a próxima temporada. Na verdade, o que fará a equipe adiar a oficialização não é nem a negociação em curso com Juan Pablo Montoya, que procurou o time nas últimas semanas por estar insatisfeito com seu salário na Williams. A McLaren espera pela definição do destino de seu piloto de testes, Alexander Wurz, para poder anunciar todo mundo junto.

Wurz pode acabar na Jordan, caso a equipe consiga se livrar da Ford para comprar motores da Mercedes, sócia da McLaren, no ano que vem. "Não vamos antecipar nada aqui", disse Norbert Haug, diretor da montadora alemã. "E ninguém deve esperar nenhuma surpresa, nem que paguemos milhões para tirar algum piloto de outra equipe."

Nenhuma surpresa quer dizer que David Coulthard deve ser confirmado para mais um ano na equipe. Se isso acontecer, o escocês vai para sua nona temporada no time inglês para se tornar o piloto que passou mais tempo numa mesma equipe em toda a história da F-1 — superando o rei da fidelidade Jacques Laffite, que defendeu a Ligier em 132 GPs. Coulthard está na McLaren desde 1996 e pela equipe já largou em 127 provas.

O primeiro piloto continuará sendo Kimi Raikkonen, que foi contratado no ano passado para o lugar de outro finlandês fiel, Mika Hakkinen, 131 GPs disputados pela McLaren.

Schumacher - O alemão Michael Schumacher acusou a McLaren de usar ordens de equipe para favorecer o finlândês Kimi Raikkonen no GP de Silverstone, há duas semanas. Segundo o atual campeão do mundo, David Coulthard permitiu que seu colega de equipe o ultrapasse com muita facilidade. "Surpreendeu-me que nada tenha sido dito sobre a facilidade com que Raikkonen ultrapassou Coulthard. Para mim, foi uma manobra muito clara de sua equipe", disse.

Pratoginista de um jogo de equipe no GP da Áustria do ano passado que lhe possibilitou a vitória, Schumacher fala com conhecimento de causa. Segundo o alemão, que lidera o Mundial de pilotos com sete pontos à frente de Raikkonen, esse tipo de atitude é perfeitamente compreensível e que a surpresa é a diferença de tratamento que cada escuderia recebe.




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