Secretaria de Segurança Pública não anuncia desistência de fechamento do posto, só que unidade segue preservada
O governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), deu novos sinais de que pretende recuar da decisão de fechar a unidade do IML (Instituto Médico-Legal) de Diadema. Apesar de mais uma vez evitar cravar que vai manter o posto na cidade, o Palácio dos Bandeirantes suspendeu a transferência do equipamento, iniciada a fórceps há uma semana.
Após um mês de impasse, o prefeito José de Filippi Júnior (PT) finalmente se reuniu ontem pessoalmente com o secretário estadual de Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos. Em nota ao Diário, a pasta não confirmou se manterá o equipamento no município, mas, por ora, a unidade segue em funcionamento dias após o Estado iniciar a transferência de patrimônio. “O secretário da Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos, e demais integrantes da SSP receberam hoje (ontem) o prefeito de Diadema e parlamentares para discutir alternativas de manutenção do IML no município. No encontro, ficou acertado que técnicos estaduais e municipais farão uma visita à unidade nos próximos dias e uma nova reunião entre as partes será realizada na próxima semana”, sintetizou a pasta, sem dar ponto final à novela.
O governo Filippi alega que, na reunião, reforçou o compromisso de reformar a estrutura do prédio que atualmente abriga o IML, localizado no terreno do Cemitério Municipal, na região central da cidade, e que pretende encontrar novo local para instalar o posto. “Ficou acordado entre o Estado e o município de haver reunião com a equipe técnica da SSP e a Secretaria municipal de Obras na quarta-feira (amanhã) no IML de Diadema para avaliar quais adaptações podem ser feitas com mais urgência no atual prédio enquanto não se consegue transferir o serviço para um prédio mais adequado”, informou a administração petista. Além de Filippi, participaram do encontro o secretário municipal de Defesa Social, Benedito Mariano, o presidente da Câmara, Josa Queiroz (PT), e os deputados estaduais Márcio da Farmácia (Podemos) e Carla Morando (PSDB).
O CASO
O Diário revelou no início de março que o Estado havia comunicado ao município que encerraria as atividades do IML de Diadema e transferiria a prestação de serviços aos munícipes às unidades de São Bernardo. Oficialmente, a medida foi atribuída à “otimização de recursos”. A iniciativa gerou revolta da classe política da cidade, que passou a pressionar o Palácio dos Bandeirantes a recuar da decisão.
Na semana passada, servidores estaduais iniciaram a retirada de computadores da unidade de Diadema à noite, segundo Benedito Mariano. O episódio irritou ainda mais parlamentares, que promoveram manifestações no local e conseguiram a adesão pública de deputados estaduais com base em outras cidades, como Thiago Auricchio (PL), Teonilio Barba (PT) e do federal Alexandre Leite (DEM).
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