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Justiça determina a prisão preventiva de GCM que atirou em jornalista Daniel Lima

Ageu Rosas Galera (foto), dono de petshop em São Bernardo, está detido no CDP de Pinheiros, em São Paulo

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
25/03/2021 | 19:47
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Reprodução


 O TJ -SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) converteu de temporária para preventiva a prisão do GCM (Guarda Civil Municipal) de Indaiatuba Ageu Rosas Galera, 35 anos. Galera está detido no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, em São Paulo, após ter se entregado à polícia em 10 de março. O homem atirou contra o jornalista Daniel Lima, 70, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, no dia 1 de fevereiro. Lima, que tinha ido ao petshop de Galera buscar as duas cachorras que estavam sendo atendidas no local, reclamou da demora e que foi atingido na boca por um tiro. Até hoje, 53 dias depois do incidente, segue com a bala alojada no seu pescoço. A defesa de Galera alega que o disparo foi acidental.

Recuperando-se do atentado em sua residência, Lima afirmou que agora tem duas datas de aniversário, e que todos os médicos que o atenderam consideram um milagre que ele tenha sobrevivido sem grandes sequelas. "Meu lado direito da arcada dentária foi destruído, tenho problemas de laringe, faringe, ombros, pescoço, ainda tenho um projétil no meu corpo, mas tudo isso não é nada porque estou vivo", afirmou.

O jornalista, que trabalhou no Diário em duas ocasiões, afirmou que se sente aliviado ao saber da prisão preventiva do homem que atentou contra sua vida. "Me sinto aliviadíssimo, primeiro porque acredito na justiça e a justiça está sendo feita. Este é o primeiro passo em um processo que deverá ter como resultado final um julgamento popular e a prisão, ele vai ter que responder pela covardia dele", pontuou.

Lima destacou que não seria hipócrita, nem cínico e não negaria que está muito contente com a prisão de Galera. "A sociedade não pode ficar exposta à uma pessoa com esse grau de psicopatia. Fui procurada por pessoas que conviveram com ele não só para me oferecer solidariedade, mas para relatar que ele se trata de alguém absolutamente incontrolável", relatou. "Vou me reunir com essas pessoas porque eu quero saber oque esse moço andou aprontando", completou.

O advogado de defesa do GCM, Ayrton Perroni Alba, classificou a conversão de prisão de temporária para preventiva como precipitada e disse que já está providenciando a documentação para que seu cliente possa responder ao processo em liberdade. "Existem ainda muitas coisas a serem esclarecidas pela investigação, como dúvidas sobre a trajetória da bala", argumentou. O caso está sendo investigado no 1º DP (Centro) de São Bernardo.




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