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Os bilhões da FUABC na mira dos vereadores
Fábio Martins
24/03/2021 | 00:11
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O volume de reclamações e denúncias de má prestação de serviços nas quatro UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) de Mauá cresceu de tal ordem nos últimos meses, especialmente por ocasião da alta demanda gerada pela pandemia do novo coronavírus, que chegou à Câmara. Na sessão de ontem, o vereador Irmão Ozelito (PSC) apresentou requerimento questionando o governo do prefeito Marcelo Oliveira (PT) sobre a empresa responsável pelo gerenciamento das unidades de saúde, subcontratada pela FUABC (Fundação do ABC). O parlamentar quer saber a razão social, o CNPJ e quais valores pagos para a firma desde o início do vínculo. Pergunta, ainda, se a administração já a notificou “por conta de alguma irregularidade”. Nos bastidores, comenta-se que o movimento do Legislativo mauaense é apenas o primeiro passo de uma articulação regional destinada a revelar relações nada ortodoxas entre quarteirizadas e a cúpula da FUABC, hoje presidida por Adriana Berringer Stephan, indicada por São Caetano. Outras petições com o mesmo teor, ou bastante semelhantes, já estariam sendo preparadas por gabinentes de vereadores em Santo André e São Caetano para serem apresentadas em plenário nos próximos dias. O propósito é descobrir como – e, principalmente, com quem – a organização gasta seu orçamento bilionário. A tão famosa caixa-preta da Fundação do ABC, que sempre rendeu muita desconfiança ao longo das últimas décadas, nunca esteve tão perto de ser aberta. A conferir.

BASTIDORES

Assessoria
Ex-deputado estadual, José Bittencourt (Republicanos, foto) foi nomeado para o cargo em comissão de assistente de diretoria na Unidade de Assuntos Institucionais e Comunitários – pasta que possui status de secretaria. A portaria foi registrada na edição do Diário Oficial de sábado. Ele deixou a função de comando do IPSA (Instituto de Previdência de Santo André), posto que exerceu desde o começo de 2019. O ex-parlamentar, que sofreu revés nas duas últimas disputas à Assembleia Legislativa (2014 e 2018), apoiou o projeto de reeleição do prefeito Paulo Serra (PSDB) em 2020, mas não entrou no páreo eleitoral.

Repúdio
O vereador Ricardo Alvarez (Psol), de Santo André, protocolou moção de repúdio ao ataque promovido por “terroristas bolsonaristas” a jornal e rádio do Interior de São Paulo. O parlamentar apontou que os adeptos ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conspiram contra a liberdade de imprensa na tentativa de incendiar a Folha da Região e a Rádio Cidade, situados em Olímpia. Os veículos de comunicação são críticos ao posicionamento negacionista da pandemia de Covid-19. Os indivíduos colocaram balde de combustível na porta do local e atearam fogo.

Concurso
A Prefeitura de Ribeirão Pires prorrogou a validade do concurso público número 4/19, ampliando o prazo por mais um ano. O processo foi aberto para o provimento de cargos, entre outras áreas, da educação e saúde. O setor de planejamento da rede de ensino está concluindo levantamento da demanda das unidades escolares para iniciar chamamento dos aprovados, dentro dos parâmetros estabelecidos por lei. Entre os postos envolvidos estão agentes de serviços gerais, técnico de enfermagem, assistente administrativo, enfermeiro do trabalho, dentista clínico geral, farmacêutico, médico psiquiatra, professor e psicólogo.

Sem líder
A Câmara de Rio Grande da Serra segue ainda sem líder de governo na casa. Mesmo com quase 90 dias à frente do Paço, o prefeito Claudinho da Geladeira (Podemos) não indicou figura da base para atuar no posto de articulação e defesa de projetos e medidas da gestão dentro no plenário. Apesar da ausência da indicação, o vereador Zé Carlos (Cidadania) vem realizando o trabalho de forma provisória e ‘informal’. Entretanto, ele próprio tem dito a aliados que não pretende ficar nesta condição no mandato.  




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