Aos 73 anos, ele é o primeiro entre os 39 chefes de Executivo das cidades da Grande São Paulo a receber a imunização contra a Covid
O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), se tornou o primeiro chefe de Executivo da Grande São Paulo imunizado contra a Covid. Com 73 anos, ele recebeu a Coronavac, no primeiro dia de campanha para munícipes da sua faixa etária. A imunização ocorreu no Complexo Ayrton Senna, no sistema drive-thru.
“A vacina atrai expectativa grande de todos e aqui (em Ribeirão Pires) não é diferente. É uma coisa que, de fato, veio para nos salvar. A expectativa agora é que essa vacinação em massa aconteça o mais rápido possível, para sairmos desta pandemia”, declarou o prefeito, que aguardou cerca de 15 minutos na fila até chegar a sua vez de ser imunizado.
Volpi é o chefe do Executivo mais velho entre os prefeitos da Região Metropolitana, grupo que engloba 39 cidades. Ele lembrou que testou positivo para a Covid em novembro, logo após as eleições municipais, e ficou oito dias internado no Hospital Ribeirão Pires, da Rede D’Or, com suporte de oxigênio via cateter, mas não chegou a ser entubado. “Passei 27 dias entre o hospital e a minha casa, vi muita gente morrer e muita coisa acontecer. A vacina não pode deixar de ser tomada por ninguém”, recomenda Volpi, que esteve entre as 374 pessoas que foram imunizados ontem em Ribeirão Pires – 332 para a primeira dose e 42 para segunda.
A aplicação foi no dia que antecedeu o aniversário de 67 anos de Ribeirão Pires, celebrados hoje. Volpi aproveitou para exaltar o “sentimento de esperança”. “Diante de tantas dificuldades que já encontramos e vamos encontrar, o que nos resta é manter a luz da esperança”, finalizou o chefe do Executivo.
Rïbeirão Pires segue com a vacinação em idosos com 73 anos ou mais. Já na segunda-feira serão imunizados moradores de 72 anos, também na tenda montada no Complexo Ayrton Senna.
OUTRAS CIDADES
Com as novas doses da Coronavac que chegaram para os municípios do Grande ABC, a região vai intensificar a proteção dos idosos de 72 a 74 anos, que estava prevista para começar na segunda-feira. As doses são aplicadas mediante agendamento eletrônico nos sites das prefeituras.
São Bernardo e São Caetano iniciam hoje a vacinação do público entre 72 e 74 anos. Em São Bernardo as doses serão aplicadas das 8h às 12h e das 13h às 17h, em cinco pontos: no Paço Municipal (formato drive-thru), na Igreja São João Batista, no Rudge Ramos, e nos ginásios poliesportivos da Avenida Kennedy, do Jardim Orquídeas e do Riacho Grande. Em São Caetano a vacinação será nos drive-thru (Teatro Paulo Machado ou no Estádio Anacleto Campanella) e nas seis UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que atendem ao programa Saúde Hora Extra, com horário agendado.
Mauá, que estava esperando a chegada das doses para divulgar o calendário, também confirmou que começa hoje a vacinação nas 23 UBSs e em 14 postos drive-thru, das 9h às 16h.
Rio Grande da Serra também vacina hoje idosos de 72 anos ou mais, na UBS Centro, das 10h às 15h, ou em horários específicos em outras unidades.
Santo André inicia a vacinação da faixa etária amanhã. Já Diadema começa a imunização na segunda-feira.
Santo André adere a consórcio por vacina
A Câmara de Santo André aprovou ontem o ingresso da cidade no Conectar (Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras), iniciativa da FNP (Frente Nacional de Prefeitos) que tem o objetivo de comprar vacinas contra a Covid-19 para complementar o PNI (Programa Nacional de Imunizações).
No Grande ABC, os legistativos de São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires também já conseguiram aprovação para aderir a iniciativa nacional.
De acordo com lista divulgada na quarta-feira pela FNP, 2.492 cidades dos 5.570, que são responsáveis por 150,9 milhões de brasileiros, já aderiram à iniciativa. Entre os municípios estão a Capital e a cidade do Rio de Janeiro. Todos já conseguiram autorização com a Câmara para ingressar no consórcio. A data limite estipulada pela FNP para que novas cidades entrem no grupo é hoje. A expectativa é que até segunda-feira o consórcio já esteja estabelecido com CNPJ e possa negociar a compra de doses diretamente com os laboratórios.
“De acordo com o PNI, em vigência desde 1973, a obrigação de adquirir imunizantes para a população é do governo federal. No entanto, diante da situação de extrema urgência em vacinar brasileiros e brasileiras para a retomada segura das atividades e da economia, o consórcio público, amparado na segurança jurídica oferecida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), torna-se uma possibilidade de acelerar esse processo”, explicou a FNP.
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