Todos municípios da região têm UTIs com ocupação acima de 90%
O Grande ABC já registra 25 mortes de pacientes diagnosticados com Covid-19 e que aguardavam por leitos de internação por meio da Cross (Central de Regulação de Serviços de Saúde), sistema gerenciado pelo governo do Estado.
Até terça-feira, o número de vítimas era 17. Ontem, Rio Grande da Serra confirmou mais um óbito, totalizando três vítimas. São Bernardo informou ontem a contaminação pelo coronavírus de seis pacientes idosos e com comorbidades, que chegaram a UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em estado grave e vieram a óbito durante processo de transferência para leitos cedidos pela Cross.
Os novos casos somam-se a oito pacientes que morreram em Ribeirão Pires, cinco em Diadema e três em Mauá. Todas as cidades da região têm taxas de ocupação nos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) acima de 90%, sendo que Diadema, Mauá e Ribeirão Pires têm 100% de ocupação.
Em Santo André, a ocupação de leitos públicos e privados é de 94%. Em São Caetano, o preenchimento das vagas de UTI é de 92,5% e, na enfermaria, é 90%. Diadema tem 95% dos leitos de enfermaria ocupados e, em São Bernardo, a taxa é de 82% nas enfermarias e 92% nas UTIs. Rio Grande da Serra não conta com leitos de internação.
Em ao menos quatro das sete cidades, 90 pessoas aguardam por leitos de enfermaria e outras 59, por internações em UTI, totalizando 149 pacientes na fila da Cross. São Bernardo tem 77 pessoas esperando por vaga, sendo que 31 delas precisam de leitos de UTI e 46, de enfermaria. Em Diadema, 41 pacientes necessitam de internação, sendo 16 de UTI e 25 de enfermaria. Em Ribeirão Pires, 12 pessoas precisam de vagas para leitos de urgência e outras 12, para leitos de enfermaria. Rio Grande, que não conta com leitos de internação, tem sete pessoas na fila da Cross. Mauá não respondeu.
No momento, apenas Santo André e São Caetano estão conseguindo atender toda a demanda de internação para pacientes com Covid em sua rede municipal. Mesmo assim, Santo André contratou 15 leitos de UTI em um hospital privado, para atendimento de pacientes com outras doenças que não a causada pelo coronavírus.
A região também aguarda pela abertura de 25 leitos que serão custeados pelo governo do Estado no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Santo André. Em São Caetano, será reaberto o hospital de campanha, com 78 leitos, e os 30 leitos de UTI vão atender à região e também serão financiados pelo Estado.
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