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Presidente da Fundação sugere crivo para demissões

Em reunião de conselho, Adriana Berringer indica que Central de Convênios dê ciência de medidas

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/03/2021 | 05:50
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DGABC


A presidente da FUABC (Fundação do ABC), Adriana Berringer Stephan, sugeriu resolução que a direção da entidade fosse consultada para dar crivo a contratações e, principalmente, exonerações firmadas pela Central de Convênios, chefiada pelo vereador licenciado Almir Cicote (Avante), de Santo André. A recomendação foi apontada em reunião extraordinária realizada ontem pela manhã do conselho de curadores, que tratou de demissões que desagradaram a dirigente. Não houve, contudo, votação para deliberar sobre o assunto, uma vez que os integrantes avaliaram que a situação não cabe ao conselho.

De acordo com informações obtidas pelo Diário, parte dos participantes da assembleia, marcada de forma extraordinária, às pressas, expressou que a divisão observada entre os comandos da FUABC e da Central de Convênios, principal braço da instituição, tem que ser resolvida a partir de ajustes de conduta para evitar desgastes e eventual prejuízo à entidade, que presta serviços de saúde às cidades da região. A ideia inicial era criar documento para assegurar aval da direção às ações da Central, mas esse passo não foi acolhido. O estopim do impasse se deu com a demissão de Carla Dias Henklain, então gerente de compras do setor, sob justificativa de corte na folha de pagamento, mediante decisão de ampliar medidas de austeridade fiscal, que tem provocado redução nos gastos.

Carla atuava há cerca de oito meses no cargo, com remuneração de R$ 10,8 mil, e era ligada, segundo relatos, diretamente à comandante da Fundação, o que gerou irritação na cúpula. Logo que entrou na Central, Cicote teria identificado que duas pessoas faziam o mesmo trabalho. E que a demanda, apesar de alta no período de pandemia de Covid-19, poderia ser suprida por um colaborador. Ele manteve aquele mais antigo na função. Essa decisão, no entanto, foi entendida pela direção como afronta a Adriana, figura indicada pelo ex-prefeito de São Caetano José Auricchio Júnior (PSDB). Outros servidores, por sua vez, também foram demitidos, como quadros do setor administrativo.

Na reunião dos conselheiros, houve indicação para que as adequações no fluxo financeiro possam acontecer sem impacto nas atividades e com bom-senso. A projeção de Cicote é enxugar a estrutura da máquina frente a novo panorama. Os cortes nas despesas ocorrem diante do cenário de desligamento da Prefeitura de São Bernardo da Central. O Paço, gerido por Orlando Morando (PSDB), sairá do guarda-chuva do setor e deve criar estrutura própria, autônoma e unificada de gestão de equipamentos de saúde, sem, no entanto, se desvincular da FUABC.

A Fundação alegou, por nota, que o conselho de curadores ratificou, durante a reunião extraordinária, “seu total apoio à presidência da instituição e à observância da hierarquia dentro da ampla estrutura organizacional, especialmente neste período de fase emergencial da pandemia no Estado”. Segundo a entidade, “não há margem para equívocos, descompasso ou discordância”. “Todas as instruções emanam da presidência da FUABC, que é o órgão responsável pelas tratativas com o poder público e respectivas demandas emergenciais. A Central de Convênios e todas as demais unidades gerenciadas pela Fundação estão diretamente subordinadas, conforme organograma institucional, e devem trabalhar em sintonia com as diretrizes da presidência, que representa o conselho de curadores.” 




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