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Em estado de calamidade, prefeito de Ribeirão Pires admite lockdown na cidade

Município já contabiliza sete mortos na fila por leitos de UTI; Clovis Volpi faz apelo: "Fiquem em casa"

Marcela Ibelli
Do Diário do Grande ABC
15/03/2021 | 18:43
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Reprodução/Facebook


Nesta segunda-feira (15), o prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), fez mais um desabafo durante live no Facebook. Por causa do colapso na Saúde da cidade – até o momento morreram sete pessoas na fila por um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no município; na região são 14 – ele cogita lockdown completo. “A situação é gravíssima. Ou nós diminuímos o número de infectados pelo coronavírus ou nós podemos entrar em lockdown em Ribeirão Pires no fim de semana, ou na quarta e quinta-feira. Quem quer isso? Ninguém quer.” Hoje são 23 ribeirãopirenses que aguardam por vagas cadastradas no Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços em Saúde).

De acordo com Volpi, na última semana 70 pessoas fizeram exame para detectar Covid-19, 80% estavam contaminados e, desses, 20% já estavam precisando de internação. “Muitos participaram de uma festa de casamento no fim de semana anterior. Não está certo”, esbravejou. Com ocupação de 100% dos leitos e estado de calamidade declarado, Ribeirão recebeu hoje a confirmação de mais três mortes por coronavírus entre moradores do município, totalizando 177 óbitos. Estão internados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), 18 pacientes – sendo um entubado, 13 em emergência e 14 na enfermaria. No Hospital de Campanha são mais 24, com 10 entubados, dois na emergência e 22 na enfermaria. Além disso, são 41 internados na rede particular, no Hospital Ribeirão Pires.

“A UPA deveria ser apenas um atendimento transitório”, alerta Volpi que se disse indignado ao ainda ver tantas pessoas nas ruas. “Não é o momento de passear. Não vá para a UPA se tiver dor de barriga ou dor de cabeça leves. Estou implorando para ficar em casa. Isso não é brincadeira. Nós estamos indo além de todos os nossos limites. Fica em casa para não chorar na porta do hospital depois.”




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