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Foguete dos EUA mata 15 de uma família no Iraque
Do Diário OnLine
02/04/2003 | 02:43
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Quinze pessoas de uma mesma família morreram ao serem atingidas por um foguete aliado num bairro residencial de Al-Hilla, na província da Babilônia, 80 quilômetros ao sul de Bagdá. Ainda nesta terça, fuzileiros navais dos Estados Unidos mataram um civil iraquiano desarmado que dirigia uma picape em alta velocidade em direção a um posto de controle militar na cidade de Shatra (centro-sul do Iraque).

A família assassinada tentava fugir dos combates travados em Nassiriya, 350 km ao sul da capital iraquiana, quando foi alvo dos disparos. Os civis seguiam em uma caminhonete quando foram atingidos pela artilharia de um helicóptero Apache norte-americano. O único sobrevivente do ataque, Razek Al-Kazem Al-Khafaj, relatou à agência de notícias France Presse que perdeu a mulher, seis filhos, o pai, a mãe, três irmãos e três cunhadas na tragédia.

Segundo o diretor do hospital para aonde foram levadas as vítimas, Murtaba Abbas, o número de mortos do ataque aéreo a Al-Hilla pode chegar a 33. Mais de 300 pessoas teriam ficado feridas. O porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Bagdá, Roland Huguen-Benjamin, qualificou de 'horror' o bombardeio na cidade.

Medo - Nas proximidades de um posto de controle militar na cidade de Shatra, Marines americanos abriram fogo contra uma caminhonete que parecia disposta a desprezar a barreira. A reação dos soldados foi preventiva contra um atentado suicida, como ocorreu no último sábado - quando um carro-bomba foi detonado num posto de controle perto de Najaf e matou quatro americanos.

Foi o segundo ataque assumido pelo Exército dos EUA contra civis iraquianos em menos de 24h. Na segunda-feira passada, soldados norte-americanos mataram quatro mulheres e três crianças em um posto de checagem em Najaf. A justificativa para abrir fogo foi a mesma: medo de um ataque suicida, pois o veículo teria mostrado resistência em parar na barreira militar.

O governo iraquiano afirmou nesta terça que aviões de guerra dos EUA atacaram dois ônibus que transportavam pacifistas americanos e europeus procedentes da Jordânia rumo a Bagdá. O ministro iraquiano da Informação, Mohammad Said al-Sahaf, disse que duas pessoas ficaram feridas.

O Comando Central americano (Centcom) no Catar disse que as vítimas civis eram 'inevitáveis' no conflito. "Nossos esforços podem resultar na perda de vidas civis e causarão claramente perdas humanas entre os militares iraquianos", declarou o general Vincent Brooks.

Com agências




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