Um dia para representar todos os dias, para não esquecer...
Artigo
Um dia para representar todos os dias, para não esquecer aquelas que lutaram por igualdade em uma sociedade cheia de preconceitos e tabus, além de oportunidade para não esquecer a existência de outros obstáculos ainda a serem superados. Dia 8 de março, conhecido como Dia Internacional das Mulheres, comemorado ontem, é uma das datas mais importantes de nossa história, pois representa a busca de mundo no qual a nossa sociedade aprenda respeitar todos da mesma forma, sem nenhum tipo de discriminação.
Essa data tem história tão emocionante que vale citá-la, mesmo em poucas linhas. Afinal, tudo começou em 8 de março de 1857, quando operárias de fábrica de tecidos, em Nova York, fizeram grande greve, devido às péssimas condições de trabalho, salários muito inferiores aos dos homens e sem tratamento digno. A manifestação foi reprimida com violência desumana e aquelas mulheres foram trancadas dentro da fábrica, local logo depois incendiado. Cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas. Somente décadas depois esse ato de bravura foi reconhecido pelo mundo.
Exatamente por esse caminho aberto a mulher tem marcado os últimos anos pela enorme competência no mercado de trabalho, mas sem perder a atenção pela família e grande sensibilidade na maneira de enxergar o mundo. O carinho, o amor, a dedicação e a capacidade de superar tabus as tornam tão especiais e apaixonantes. Por essa razão, elas nunca foram ‘sexo frágil'.
No Brasil, tivemos conquistas importantes, como leis trabalhistas, direito ao voto e, mais recentemente, a Lei Maria da Penha. Na política, cada vez é maior a quantidade de mulheres, embora ainda seja número bem inferior ao dos homens. Somado a isso, a violência doméstica é mal que precisamos combater, assim como as diferenças salariais. Mesmo assim, uma mulher presidente é sinal de que estamos evoluindo e superando intolerâncias, embora haja muito caminho pela frente.
E é importante deixar claro: essa luta não é apenas das mulheres. Afinal, somos reflexo da influência delas na nossa criação como cidadão, seja de uma mãe ou até de uma professora. E qual homem não teve o carinho de mãe, de esposa, de irmã, de amiga, de docente? Enfim, todos nós, independentemente do sexo, podemos levantar a bandeira pela igualdade. Então o que seria a nossa vida sem elas? Portanto, deixo aqui os meus parabéns a todas as mulheres e o meu obrigado por tudo.
José Ricardo é oftalmologista e vereador de Santo André pelo PSB.
PALAVRA DO LEITOR
Tiririca
Acompanhando o andar de nossa política, a gente observa que os eleitores, em sua maioria insatisfeitos com os políticos, acabaram jogando seus votos no lixo votando no Tiririca. Percebo agora que cometeram três grandes erros: ele, até agora, nada fez, e pelo visto nada fará, não tem preparo nem conhecimento para elaborar ou entender nada de política; é apenas mais um deputado ganhando altos salários e mordomias sem nada fazer para merecer o cargo que ocupa; está sendo usado como laranja, por partidos políticos que querem aproveitar sua popularidade para ganhar votos e elegê-lo como prefeito de São Paulo. Será que já não está na hora de enxergarmos que um erro não conserta outro? A lei diz que somos obrigados a votar, mas em quem? A escolha é nossa.
Ivanir de Lima, São Bernardo
Corremos risco
As pessoas criticam a Justiça brasileira, que é lenta, ineficiente e ultrapassada. Óbvio, nada de novo! É só ver o caso Eloá, onde a pena para o autor, Lindemberg Alves, saiu barata! Especialistas dizem que o meliante, quando muito, cumprirá sete anos. E pior é que devido a série de benefícios, como indulto, progressão de pena etc, após os sete anos ainda dará tempo de ele sair e fazer mais vítimas! Será que não pensam que a vida é frágil e que o cidadão de bem, que paga impostos e é cumpridor dos seus deveres, não merece correr esse risco?
Edson Rodrigues, Santo André
Parque dos horrores
Nenhum dinheiro, nenhuma indenização trará de volta a vida da jovem Gabriella Nichimura. Os pais dela, a quem me solidarizo na imensa dor, deveriam lutar até o fim para interditar definitivamente o Hopi Hari e outros parques afins, para que nenhuma vida mais se perca nesse circo de horrores. Problemas com manutenção surgem de uma hora para outra e, como testemunhou outra mãe, o embarque nesses ‘brinquedos da morte' é tão rápido que não dá tempo de desistir, mesmo que você mesmo constate algum defeito em alguma trava. Nenhuma vistoria, por mais rigorosa e frequente que seja, garantirá a segurança dos usuários, o que neste caso representa risco de morrer.
Maria Rosa do Nascimento, São Bernardo
Chico Buarque
De volta ao samba, digo aos shows, bem que o Chico, em agradecimento a todo o sucesso que está fazendo em São Paulo, poderia se apresentar à sua gente sofrida de graça, numa Praça da Paz no Ibirapuera, e assim colaborar com a inclusão social de aposentados, professores públicos, estudantes pobres, enfim, o povo em geral, que não pode pagar e não conhece esse patrimônio da nossa cultura. Assim, com esse gesto, Chico, que é curtido pela elite, fará a sua parte no tudo pelo social.
Tania Tavares, Capital
Caminhoneiros
A discussão e eventual enfrentamento ao Poder Executivo nos tribunais fazem parte, felizmente, do jogo democrático. Já a imposição pela força, com prejuízos evidentes da população, geralmente inocente útil, faz parte do jogo autoritário dos que defendem a ideia do quanto pior, melhor ou a do como eu não sou governo, dane-se o povo. E não nos esqueçamos dos postos que aumentaram os preços na bomba, aproveitando-se da escassez temporária.
Luiz Nusbaum, Capital
Espanha
Será que mais esse revoltante e discriminatório incidente com turista idosa brasileira na chegada a Madri não vai servir como a gota d'água para transbordar o copo da paciência das autoridades brasileiras com esse tipo de situação, recorrente na Espanha? Retenção de espanhóis no aeroporto e devolução no voo seguinte, já!
Ronaldo Gomes Ferraz, Rio de Janeiro
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