A proposta definitiva da Prefeitura de Diadema ao funcionalismo público será encaminhada ao Sindicato dos Servidores Públicos poucas horas antes da assembleia sindical, marcada para segunda-feira, às 17h30. A estratégia da administração Mário Reali (PT) é evitar novas especulações em torno do valor e eliminar possibilidade de contrapropostas da categoria.
O percentual foi definido por Reali, que mantém o número em absoluto sigilo. Apenas alguns secretários conhecem a nova oferta, entre eles estão Osvaldo Misso (Gabinete), Airton Germano (Assuntos Jurídicos), João Garavelo (Gestão de Pessoas) e Adelaide Moraes (Finanças).
Reali evitou comentar sobre a negociação com o sindicato. Mas ressaltou não querer repetir o imbróglio do início da campanha salarial do funcionalismo, que culminou com greve de 23 dias, a maior da história de Diadema. "Quero conversar depois de fechar negociação. Quero que chegue a um consenso."
A última proposta de Reali foi de 12,46%, fracionados em cinco bimestres, mais abono salarial de R$ 300. O governo justificou que trabalha no limite de gastos com a folha salarial e que, se majorasse a oferta, poderia estourar o teto prudencial estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 51,3%.
No mês passado, o Sindema realizou estudo em contratos na área da Saúde, Educação e de terceirizações fornecidos pela Prefeitura e alegou haver R$ 6,4 milhões em sobra de receita que poderiam ser despendidos no reajuste salarial. Segundo a entidade, a administração concordou que há R$ 3,4 milhões superestimados em acordos da Prefeitura.
Há duas semanas, durante a realização da última plenária do Orçamento Participativo promovido pelo Paço, o chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT), tratou de reduzir as expectativas dos servidores. "A proposta não vai ser muito grande. Não tem espaço para aumentar, estamos no limite. Diria que é quase nada. Só faremos outra oferta para não ficar com a mesma proposta. Isso se não for a mesma proposta."
Presidente do sindicato, Jandyra Uehara Alves afirmou que o funcionalismo não irá aceitar propostas similares à última oferecida. "Mostramos que há como aumentar substancialmente o reajuste. Se não falarem valores razoáveis, vamos deixar o caso ser julgado pelo Tribunal (Regional do Trabalho)", comentou.
O TRT foi responsável por orientar pelo fim da greve e determinou a criação de rodada de negociações entre as partes. As conversas têm de ser encerradas até segunda-feira.
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