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Causa animal não é brincadeira
Do Diário do Grande ABC
26/02/2021 | 23:59
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Os números do segmento pet no Brasil são extremamente expressivos. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 62% das residências do País têm pelo menos um pet. São 55,1 milhões de cães, 40 milhões de aves e 24,7 milhões de gatos.

Em faturamento, o Brasil ocupa a quarta colocação no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Reino Unido. Na órbita do setor a cadeia de distribuição nacional soma mais de 150 mil empresas. Esse crescimento se dá, principalmente, por uma cultura recente, algo em torno de 15 anos, quando os brasileiros passaram a conhecer, mais intimamente, o amor dos animais de estimação. As vantagens de se ter um pet em casa, seja ele cão, gato ou ave, são cientificamente comprovadas e transformaram a forma como o brasileiro lida com essa relação.

Em paralelo, cresceu a demanda junto aos poderes públicos de serviços e procedimentos para atender à faixa populacional que possui seu pet de estimação, mas necessita do atendimento gratuito, agravado neste período de pandemia. Em Santo André, onde nasci e atuo há mais de 25 anos na luta pela proteção animal, a administração municipal também entendeu a importância do setor e desde 2017 criou e reestruturou algumas políticas públicas. Esse olhar diferenciado e necessário para a causa animal tem longo caminho pela frente, mas, assim como Santo André, que planejou e colocou em prática vários projetos, outros municípios podem e devem trilhar os mesmos passos. O bem-estar animal passa, sem dúvida, por discussão regional, pois seus desafios não têm fronteiras.

E com esse pensamento criamos a Frente Parlamentar de Vereadores ligados à causa animal e conseguimos a implantação de um GT (Grupo de Trabalho) exclusivo para proteção e bem-estar animal, seja o doméstico ou silvestre. O GT do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC é composto por gestores públicos e técnicos das sete cidades, com o objetivo de auxiliar no planejamento das ações regionais.

Ao unirmos forças – poderes Executivo e Legislativo, o Consórcio, e a população –, exercemos a mais pura definição de democracia. E entender quais são as principais demandas é ponto extremamente importante.

Ao mesmo tempo, pautamos a discussão de forma técnica e responsável, visando coibir a exploração da temática em detrimento dos animais. Trabalhar os pilares da educação de crianças e jovens, leis mais rígidas, constante fiscalização e programas de castração são ações necessárias em todas as cidades da região e esse é o caminho que o poder público deve trilhar. Afinal, causa animal não é brincadeira.

Ana Lucia Ferreira Oliveira Meira é médica-veterinária, mestre com MBA em saúde pública e vereadora na cidade de Santo André.


PALAVRA DO LEITOR

Inconsistência
Entendo a necessidade do isolamento físico neste momento em que as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) da região estão saturadas e não discordo dos horários propostos para lockdown noturno no Grande ABC, porém, o decreto regional não tem uma inconsistência que o regional tem, que é o funcionamento do transporte coletivo. Se vivêssemos em cidades isoladas não haveria problemas, porém, vivemos em região conurbada, onde muitas pessoas moram em um município e trabalham em outro. Neste caso, pergunto: como o trabalhador que sai do serviço às 22h em São Paulo ou São Caetano vai voltar para casa se nesse mesmo horário o transporte municipal já estará parando? O certo seria o transporte coletivo não parar, como no decreto estadual, ou pelo menos parar somente após 23h, de modo a dar tempo ao trabalhador chegar em sua residência.
Paulo Henrique Gaspar Jorge
São Bernardo


Novos velhos tempos
Após 41 anos a Fórmula 1 volta à TV aberta, a Bandeirantes. O acordo foi firmado com a Liberty Media, que detém os direitos da categoria. Já foram confirmados para a equipe de transmissão o narrador Sérgio Mauricio, ex-Globo e SporTV; comentaristas Reginaldo Leme e Mariana Becker, correspondente in loco. Fica no aguardo de fechar com comentarista especialista, que pode ser Rubens Barrichello, Felipe Giaffone ou Luciano Burti. Seja quem for, estaremos bem. A Rede Globo perde a chance de não ter renovado o contrato, de ver Lewis Hamilton chegar a 100 vitórias, 100 pole positions, e ain bater todos os recordes com o oitavo título. Vai ser show!
Cláudio A. S. De Moraes
Santo André


Novo normal?
Está mais do que na hora de entender que nada será como antes! Pandemia não é algo novo na história mundial. Peste bubônica, varíola, cólera, gripe espanhola. Graças a todos os avanços da ciência e da saúde pública vivemos longos tempos de paz. Mas agora surgiu novamente desafio de sobreviver a um vírus. Recebemos instruções claras da Organização Mundial da Saúde: distanciamento físico, máscara, higienizar as mãos. Em março, tudo isso deu resultado e achatamos a curva, impedindo tragédia maior. Podíamos sair de novo, mas o erro foi pensar que íamos poder seguir a vida como antes. Se tivéssemos seguido firmes no uso da máscara, distanciamento físico e higienização das mãos, teríamos 2021 com escolas abertas e muito mais liberdade. Mas, infelizmente, a população resolveu desfilar com a máscara pendurada no queixo, esqueceu de higienizar as mãos e quis desafiar o vírus se juntando em grupo, fazendo festas, viajando para todo lado, mesmo com número crescente de mortos. O nosso egoísmo é o responsável por estas mais de 250 mil famílias de luto.
Damiana Rosa de Oliveira
São Bernardo


Impunidade – 1
Quer dizer que auxílio emergencial pode esperar. Nada de pressa para acudir o povo que passa fome? A pressa é livrar parlamentares de crimes que cometeram, cometem ou cometerão, a PEC da impunidade sairá a jato? Estamos vendo toda movimentação do Congresso, que foi rápido em atender ao Supremo, porém, percebeu que o apoio para a prisão de Daniel Silveira deixou aberta possibilidade de serem presos também. O Congresso sabe trabalhar e decidir quando se trata de livrar a própria pele. Quanto ao povo, ora, que espere.
Izabel Avallone
Capital


Impunidade – 2
Vergonhosa atitude da Câmara dos Deputados, que, ao invés de solicitarem urgência para adquirir vacina contra Covid, ocupam a tribuna para amenizar processos contra o baixo clero, representado por Flordelis e Daniel Silveira, apenas para agradar Bolsonaro. Ainda pior é o fato de estarem criando PEC da impunidade, que visa blindar deputados em suas ações antiéticas e criminosas. Inacreditável que a sociedade brasileira aceite que o plenário mais caro do planeta utilize tempo, recursos e pessoal apenas para livrar seus pares das garras da lei. Resta-nos aguardar que nas próximas eleições o povo escolha novos representantes.
Daniel Marques
Virginópolis (MG) 




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