Mal chegou ao Corinthians e Carlos Tevez já faz planos de levar o clube de volta à Copa Libertadores. No entanto, o jogador não sabe quando tempo permanecerá no Parque São Jorge, e assim, corre-se o risco de o atleta nem disputar a competição com a camisa alvinegra.
O argentino, que chegou domingo a São Paulo para participar de um jantar com o elenco e a diretoria do Timão, fez nesta segunda exames físicos, recebeu de uma emissora de televisão o prêmio de melhor jogador da América e foi oficialmente apresentado como novo reforço do time na festa em comemoração aos 94 anos do clube no Parque São Jorge.
Questionado se cumprirá o contrato de cinco anos até o fim, Tevez foi lacônico na resposta. "Não sei. Mal cheguei ao clube. Não joguei ainda nenhuma partida. Vamos ver o que acontece. Não posso falar nada sobre o que ainda não aconteceu. Quero sentir como as coisas acontecerão", disse.
Mesmo sem falar sobre seu futuro, fez promessas que podem ser cumpridas num curto espaço de tempo - até o próximo semestre caso o time ganhe a Copa do Brasil. "A minha prioridade para o próximo ano é levar o Corinthians para a Libertadores. Sei que as pessoas esperam isso de mim. E é o que lutarei para fazer. O Corinthians merece não só se classificar, mas também ganhar a Libertadores", afirmou.
Ciente da responsabilidade que terá ao defender o Corinthians, principalmente por ser o produto da maior transação envolvendo dois clubes da América do Sul, Tevez ressaltou que não tem como carregar o time nas costas, mas fez questão de afirmar que não se preocupa com o assunto. "Estou acostumado a cobranças. Quero ser importante para o time, mas serei apenas mais um. Tenho certeza que, como time, nós poderemos fazer o que a torcida espera. No futebol não se pode pressionar apenas um jogador. Mas não me preocupo com nada, não", disse.
Diplomático, o argentino preferiu não se posicionar sobre a escolha do técnico do Timão para a temporada de 2005 e admitiu não conhecer o trabalho do atual comandante Tite, que tirou a equipe da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro e a classificou para a Copa Sul-Americana. "Não sei nada em relação ao Tite. Mas o Luxemburgo é um dos melhores da América e do mundo. Acabou de ganhar de novo o Campeonato Brasileiro. Não sei com quem trabalharei em 2005, mas confio na diretoria para a escolha do treinador", afirmou.
Ainda em o tom diplomático, o argentino elogiou os brasileiros devido à recepção calorosa que teve ao chegar a São Paulo e admitiu que recebeu diversos pedidos para continuar na Argentina, inclusive de seu maior ídolo, o ex-jogador Diego Armando Maradona. "Cresci acreditando na rivalidade histórica entre brasileiros e argentinos. Estão me tratando bem demais aqui. Isso é ótimo porque estava cansado dos problemas com jornalistas de Buenos Aires. Aqui poderei viver a minha vida tranqüilamente. Isso foi uma das razões que me fizeram aceitar jogar no Corinthians. Queria jogar em paz", disse.
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