Além disso, estatal suspendeu nesta semana gratificação de caixas, função que quer eliminar
A reestruturação iniciada pelo Banco do Brasil em 2021 resultou no encerramento de quatro agências no Grande ABC. Em todo o País, 112 foram fechadas. Além disso, foi aberto PDV (Programa de Demissão Voluntária) para enxugar o volume de colaboradores que contou com a adesão de 5.533 funcionários, mas os números da região não foram abertos.
As unidades que deixam de operar são: Santo André (Rua Carijós), São Bernardo (Avenida Kennedy), São Caetano (Rua Baraldi) e Ribeirão Pires (Rua Felipe Sabbag). Existem outras 54 agências na região, onde trabalham em torno de 750 profissionais.
“Estão empurrando o cliente para correspondente bancário ou banco postal. Agora será necessário se deslocar por distâncias maiores para acessar uma agência do Banco do Brasil. E em cidades menores o impacto é ainda maior”, assinalou o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira.
Segundo ele, faz parte do plano de reestruturação e do avanço da digitalização também transformar algumas unidades em postos de atendimento, onde só serão comercializados produtos, como cartões, títulos de capitalização, plano de previdência privada e seguros, por exemplo. Além disso, até o ano passado a instituição recebia o pagamento de IPVA, porém, a partir de agora, não mais.
“O banco quer eliminar a função de caixa. E, a partir desta semana, suspendeu a gratificação desses profissionais, espécie de comissão que girava em torno de R$ 1.400 a R$ 2.000. Considerando um caixa no início de carreira, em que o salário é de R$ 2.500, com o valor adicional a renda quase dobrava”, explicou Moreira.
Outro efeito colateral da reestruturação é que ela deixou sem cargo, ainda, ao menos 31 bancários que perderam a função. Conforme elenca o sindicalista, um gerente geral, 12 gerentes de relacionamento, 12 gerentes de módulo, cinco assistentes de negócio e um assistente operacional. Questionado, o BB “reafirma seu entendimento de que as medidas de reorganização preparam a empresa para ambiente de maior competitividade no setor financeiro”. “Também estão alinhadas com o aprimoramento da experiência do cliente e com o maior investimento em soluções digitais”, disse, em nota.
Segundo o banco, os sindicatos foram prontamente informados sobre as mudanças e as razões para tal. Moreira disse que na semana que vem haverá mais atos para chamar atenção à causa, e que as entidades esperam conseguir reverter essas decisões da estatal. “Com o avanço da tecnologia, não há ocupação para todos, mas não podemos aceitar as demissões nem a redução dos salários.”
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